O Governo do Paraná disse, nesta terça-feira (8), estar aberto para negociar com todos os laboratórios que vêm testando vacinas contra o coronavírus. Porém, aguarda liberações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a nota divulgada pelo Executivo, R$ 200 milhões do orçamento estadual estão reservados para a aquisição da vacina que se mostrar mais eficaz.

“O Governo do Estado do Paraná está agindo para trazer vacinas com eficácia garantida e que possam ser usadas com segurança pela população no menor tempo possível, tendo reservado R$ 200 milhões para a aquisição daquela que apresentar os resultados mais satisfatórios. O Estado está aberto a negociar com todos os laboratórios que vêm testando vacinas contra o coronavírus, mas aguarda liberações do órgão regulador federal”, pontua o comunicado.
O posicionamento foi divulgado após reunião de estados com o ministro da Saúde Eduardo Pazuello, onde o Governo Federal teria garantido que os imunizantes vão ser distribuídos de forma igualitária em todo o país.
“O governo federal manteve a disposição de dialogar com diversos laboratórios e com os outros estados, e garantiu distribuição igualitária e volume necessário de imunizantes para atender todo o País, desde que aprovados pela Anvisa”, afirma o governo estadual.
Curitiba
O governador de São Paulo, João Doria, aceitou nesta segunda-feira (7) a parceria proposta pela Prefeitura de Curitiba, que vai adquirir doses da CoronaVac para imunização contra a covid-19 da população da capital paranaense.
O governo de São Paulo anunciou que 4 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan (SP) serão vendidas para outras regiões do país. Curitiba, capital do Paraná, é uma das primeiras capitais que fizeram reserva para compra da vacina.
A solicitação da compra foi feita pelo prefeito Rafael Greca. “O governador João Dória me ligou para confirmar que o Estado de São Paulo aceita a parceria com Curitiba”, afirmou Greca.
As tratativas de quantidades de doses ainda serão definidas pela Prefeitura Municipal de Curitiba, que vai iniciar o plano de vacinação priorizando os profissionais de saúde da cidade.
Negociações
Também nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde informou que está negociando a compra de 70 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 da empresa americana Pfizer com a alemã BioNTech.
A pasta afirma que os termos “já estão bem adiantados” e que um acordo deve ser anunciado no início desta semana.
O anúncio acontece em meio à pressão do governo brasileiro, que até então apostava apenas na vacina da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, além da compra de 40 milhões de doses da vacina através do consórcio Covax Facility.
A vacina da AstraZeneca, no entanto, apresentou problemas nos testes clínicos, o que pode atrasar a concessão do registro para a aplicação na população brasileira. Por outro lado, a Pfizer se tornou a primeira vacina reconhecida no mundo ocidental na semana passada, com o registro concedido pelas autoridades do Reino Unido.