Uma mulher de 38 anos está internada em Campinas com suspeita de febre maculosa. Ela esteve na Fazenda Santa Margarida, foco do surto na cidade, para um show no último dia 3 de junho.
A mulher está internada em um hospital da rede privada e passa bem, segundo a prefeitura informou em coletiva nesta quarta-feira (14).
Este é o 5º caso em investigação no município. Os eventos no local foram suspensos pela prefeitura até que um plano de contingência ambiental e comunicação para os frequentadores.
Um homem, de 42 anos, e duas mulheres, de 36 e 28 anos, estiveram em um evento na Fazenda Santa Margarida. Os três tiveram as mortes por febre maculosa confirmadas.
Uma adolescente de 16 anos morreu nesta terça-feira (13), com suspeita da doença. O caso ainda está sendo investigado pelo Instituto Adolfo Lutz.
Ao todo, já foram registrados neste ano 12 casos de febre maculosa no estado de São Paulo, com seis mortes. Em 2022, foram 53 casos, com 37 óbitos confirmados. Em 2021, foram registrados 76 casos e 42 mortes.
Comum na região Sudeste do Brasil, a febre maculosa se manifesta principalmente em áreas de mata. Praticantes de esportes radicais ou pessoas que moram nessas regiões devem ficar atentos. O período de reprodução dos carrapatos começa em março e atinge seu pico entre junho e outubro.
A febre maculosa
Se o contato com carrapato na pele for por um tempo maior que quatro horas, é fundamental procurar um médico para investigar os sintomas. Não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra.
A dor de cabeça é um dos sintomas da doença provocada pela bactéria Ricketsiia rickettsii -transmitida pelo carrapato-estrela- que também pode causar febre, náuseas, vômitos, cansaço e fadiga.
Febre, náuseas, vômitos, cansaço, fadiga e, quando está em estágio avançado, manchas vermelhas no corpo. Os primeiros sintomas podem se manifestar entre 2 e 15 dias.
Uma das caraterísticas mais comuns da febre maculosa é o comprometimento da coagulação sanguínea. Se não for tratada de forma rápida, ela evolui e atinge os vasos sanguíneos da região cerebral.
Embora se desenvolva de forma rápida, a doença tem cura e pode ser tratada com antibióticos, acompanhamento médico e internação.