A ministra da Saúde, Nisia Trindade, afirmou que a data exata em que a vacina contra a dengue será disponibilizada no mês de fevereiro permanece indefinida. A distribuição ainda não começou devido à necessidade de tradução da bula para o português pelo laboratório responsável, a farmacêutica Takeda.

A declaração foi dada nesta terça-feira (30) durante encontro entre o Ministério da Saúde, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) para apresentar ações de prevenção e controle da dengue no país.

A pasta vai disponibilizar o imunizante para 37 regiões de saúde que estão distribuídas em 16 estados e o Distrito Federal, priorizando aqueles com alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus. Essa iniciativa abrangerá mais de 500 municípios e priorizará a imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

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Governo brasileiro espera vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas até o fim de 2024 – Foto: EPA

“Nós ainda não iniciamos a distribuição porque há uma exigência que tem de ser cumprida pelo laboratório produtor, exigência regulatória da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] de que a bula esteja em português, então [o laboratório] está finalizando esse processo”, disse.

A previsão do governo é vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas em 2024. O esquema vacinal será composto por duas doses, que serão aplicadas em um intervalo de três meses.

As primeiras 750 mil doses da vacina contra a dengue que serão oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) chegaram ao país no último dia 20. O Brasil é o primeiro país do mundo a ofertar o imunizantes no sistema público de saúde.

O primeiro lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina que foram fornecidas sem custos ao governo brasileiro pela farmacêutica Takeda. O Ministério da Saúde informou que adquiriu todas as 5,2 milhões de doses do imunizante -chamado Qdenga- disponibilizadas pelo fabricante para este ano. Elas serão entregues em etapas até o mês de novembro.

A primeira entrega ocorre em meio a uma escalada no número de casos da doença. Oito estados e o Distrito Federal iniciaram 2024 com expressivo aumento nos casos de dengue, de 100% ou mais em comparação ao mesmo período do ano passado.