Gabriel Domingues Fernandes, um jovem de 20 anos, foi aprovado em Gestão da Tecnologia da Informação no Instituto Federal do Paraná. O calouro, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ainda criança, com cinco anos de idade e estudou a vida inteira na rede pública de Pinhais.
“Me chamo Gabriel, passei no IFPR [Instituto Federal do Paraná] e vou fazer faculdade de Gestão da Tecnologia da Informação. Pretendo logo estar trabalhando na área, estou muito ansioso para o começo das aulas! Espero que minha história possa inspirar e mostrar para todos que o autismo não é uma sentença negativa, quando temos um conjunto de apoio e muita dedicação. Sou grato a todos os professores que me ajudaram a chegar até aqui!”
Em 2022, Gabriel fez parte da turma de 2022 do Cursinho Pré-Vestibular Mais Pinhais, oferecido gratuitamente pela prefeitura da cidade. Quando entrou no Mais Pinhais, o objetivo do estudante era conseguir um emprego ou estágio.
“A gente colocou ele no cursinho da prefeitura pra ele lembrar de algumas coisas, preparar ele melhor e ele gostou, amou o cursinho e os professores, gostou muito da Fabiane [pedagoga] e quando terminou, a gente tentou essa vaga no Instituto, acreditando no potencial dele. Ele sempre estudou com um apoio de uma PAEE [Professora de Atendimento Educacional Especializado], mas dessa vez quis fazer tudo sozinho. Fez o cursinho, a prova no IFPR e não teve ‘ajuda’ [individualizada] de ninguém nessa etapa, de professor, nada, fez o mesmo processo como todos os outros alunos”, recorda a mãe de Gabriel, Elisangela Domingues Ferreira.
Quem desconfiou que Gabriel podia ser autista, foram as professoras do Cmei que ele estudava. Quando foi diagnosticado, ele passou a estudar em uma escola de educação especial, para que pudesse ser alfabetizado corretamente. Um ano e meio depois, ele foi transferido para escola regular, onde passou o resto de sua vida escolar.