Uma família acusa o Hospital Municipal de Araucária (HMA), na região metropolitana de Curitiba, de negligência após a morte de uma criança, de 2 anos, diagnosticada com virose e desidratação. Segundo parentes da menina, ela foi levada para a unidade de saúde pelo menos três vezes antes de morrer.
Em relato à Rádio Plug, a avó de Helloara Silveira afirmou que a menina foi atendida no Pronto-Atendimento Infantil (PAI), que é anexo ao HMA. Embora tenha ido pelo menos três vezes ao hospital, a criança recebeu os mesmos diagnósticos e medicações, disse Senia Silveira.
“Ela [Helloara] chegou com febre de 39ºC, vômitos e dor no estômago. A médica deu soro e liberou a menina após a medicação”, disse a avó, sobre o atendimento recebido pela neta no pronto-atendimento, na sábado (24).
Um dia depois, contudo, o quadro da menina se manteve o mesmo. Helloara foi levada ao hospital novamente às 18h e recebeu, mais uma vez, soro.

“No domingo, ela passou mal de novo e foi levada para o PAI novamente. Deram soro mais uma vez. Tenho foto que mostra que ela estava com 40ºC. Falaram que era normal e que a medicação precisava fazer efeito. Minha filha falou: ‘Interna ela logo, não quero levar ela para casa assim. Não aguento mais vir aqui’. Responderam que virose era assim mesmo”, prosseguiu Senia.
No início da madrugada de segunda-feira (26), os vômitos apareceram acompanhados de choro, disse a avó. Por volta das 9h, a menina passou a desmaiar, e manchas pretas surgiram pelo corpo dela.
Segundo Sênia, a mãe da menina solicitou um carro de transporte por aplicativo para levar novamente a menina ao hospital.
“Dentro do carro, ela teve uma parada cardiorrespiratória, e o motorista ajudou. Quando chegou no hospital, se juntaram em 15 médicos e enfermeiros para pegar minha neta e levar para uma salinha. Depois levaram minha filha para outra sala e dali meia hora foram falar que minha neta estava morta. Disseram que ela morreu de vômito e desidratação.”
A mulher afirmou que apenas dois medicamentos foram receitados para tratar a menina: paracetamol e dipirona. Ela, que acusa a equipe médica de negligência, questionou o porquê de exames não terem sido feitos.
“Não tiveram coragem de fazer um exame de sangue, um raio-X. Não fizeram nada pela minha neta. Estou velando minha neta hoje! Quero Justiça. Ela não morreu de vômito e desidratação, e eu quero saber o que aconteceu”, protestou.
O corpo de Helloara foi sepultado nesta quarta-feira (28) no Cemitério Municipal Jardim Independência. O atestado de óbito da criança aponta que ela morreu em decorrência de choque hipovolêmico, condição provocada pela perda de grande quantidade de líquido e sangue, além de desidratação e vômitos.
Tia da menina, Shayene Francine afirmou à Banda B que irá registrar um boletim de ocorrência sobre o caso nesta quinta-feira (28).
HMA
Em nota enviada à Banda B, a equipe da Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, atual gestora do Hospital Municipal de Araucária, manifestou profundo pesar pelo falecimento da criança Helloara Emanoelly.
“Informamos que em virtude das circunstancias do óbito estamos realizando procedimentos técnicos para melhor compreensão do ocorrido”, afirma o comunicado.
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Criança morre após ser liberada 3 vezes de hospital em Araucária; família acusa negligência
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