Por Felipe Ribeiro e Geovane Barreiro

O prefeito de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, Márcio Wosniak (PSDB), falou na tarde desta sexta-feira (12) sobre a derrubada do projeto que construiria quase 800 casas populares na cidade. Em entrevista ao Jornal da Banda B, o prefeito disse não entender o porquê da votação contrária por parte de 11 dos 13 vereadores do município e afirmou que, se o diálogo com os parlamentares não avançar na próxima semana, deve tentar a construção por meio de decreto.

prefeitowosniackFoto: Divulgação Prefeitura de Fazenda Rio Grande

“Realmente eu quero entender o motivo da derrubada do projeto. Já determinei que a secretaria de Ação Social procure os parlamentares e tentar garantir o direito destas 800 famílias de terem moradia. Politicamente, minha medida será encaminhar para a Caixa para licitar e posso trabalhar com um decreto”, afirmou o prefeito.

Um dos questionamentos dos vereadores está relacionado com a isenção de 20% que o projeto concede à empresa que construiria as casas. Segundo Wosniak, esse valor garantiria a construção de casas de melhor qualidade. “Tudo seria fiscalizado pela Caixa Econômica Federal, que é a responsável pelas casas. Respeito a opinião de todos os vereadores, mas vamos buscar o crescimento e a garantia de direito a moradia”, disse.

A Zona Especial de Interesse Social (Zeis) atenderia famílias cadastradas em programas habitacionais e comprovadamente residentes no município. O projeto isentava empreendimentos de interesse social de uma taxa de 20% que deveria ser paga a um fundo municipal pelo empreendedor. Não passou e agora nem uma casa será construída pelo convênio que a prefeitura já havia firmado com a COHAPAR – Companhia de Habitação do Paraná e Caixa Econômica Federal.

O investimento seria da ordem de aproximadamente R$ 50 milhões e cada unidade custaria, em média, R$ 64 mil. Ao todo seriam construídos 785 imóveis para a faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, que atende famílias com renda de até R$ 1,6 mil. A prestação do imóvel ficaria entre R$ 80,00 e R$ 120,00.

Motivação Política?

Questionado sobre uma possível motivação política para a votação contrária, Wosniak lembrou que 2016 é um ano eleitoral, mas disse não acreditar que os vereadores votariam contra a população por isso. “Alguns podem entender que o projeto poderia me beneficiar, mas isso não atingiu figura do prefeito, atingiu as famílias de Fazenda. Tenho um bom relacionamento com eles e, a partir de segunda-feira (12), tirarei as dúvidas democraticamente”, concluiu.

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