A escolha do deputado federal Reinold Stephanes (PSD) para a Casa Civil teve alguns lances de bastidores curiosos. Vamos a eles: 1- O parlamentar mirou na pasta e não abriu mão e 2- A vinda de Stephanes para o governo do Paraná foi uma condicionante para que o também deputado federal Ratinho Junior (PSC) aceitasse vestir a “cueca de seda”, ou seja, ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU).
Mais do que o próprio ex-governador Orlando Pessuti, o anúncio de Stephanes para a Casa Civil “melou” o ingresso do PMDB no governo de Beto Richa (PSDB). Sempre é bom lembrar que a reforma no secretariado do tucano fora concebida, inicialmente, justamente para agasalhar os peemedebistas anti-Requião.
A bancada peemedebista exigiu o compromisso do governador retirar as atribuições políticas de Stephanes. A Casa Civil vai gerenciar “grandes projetos” e “grandes obras” nos próximos dois anos de olho nas eleições de 2014. Segundo uma fonte do blog no Palácio Iguaçu, Stephanes será para Richa o que foi Dilma para o ex-presidente Lula.
Nomeações, exonerações, enfim, as atividades burocráticas do governo ficarão a cargo do deputado federal licenciado Cesar Silvestre (PPS), que foi desalojado da SEDU para agasalhar Ratinho Junior.
A articulação política do governo, segundo essa mesma fonte palaciana, informalmente será dividida entre os deputados Ademar Traiano (PSDB) e Alexandre Curi (PMDB) e o chefe de gabinete do governador, Deonilson Roldo.
Essa é a alma da primeira etapa da reforma no secretariado de Beto Richa.