Roberto Requião (Mobiliza) foi o segundo candidato, de uma série de entrevistas, a passar por sabatina na Banda B. Entre os compromissos firmados, na tarde desta terça-feira (10), ele citou a construção de um hospital público municipal, a criação de um aplicativo público nos moldes da Uber e a tarifa de ônibus mais barata entre as capitais brasileiras.

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Foto: Banda B

Na segunda-feira (9), Ney Leprevost também apresentou suas propostas. O critério para definir os entrevistados foi a obtenção de, no mínimo, de 5% das intenções de voto na pesquisa Radar/Banda B, divulgada em 22 de agosto (Registro 03410/2024 no Tribunal Regional Eleitoral).

Entre os principais argumentos utilizados pelo candidato, está a terceirização de serviços, a qual atribui as dificuldades de atendimento para a população.

“A Prefeitura de Curitiba hoje tem talvez a tarifa de transporte mais alta do Brasil, a internet interna privatizada, as multas de trânsito privatizada. Sabe o que significa isso? Que uma empresa vai ganhar mais dinheiro, quanto mais multa fizer, é uma indústria que gera lucro. É um comércio e uma falta de solidariedade com as pessoas”, disse.

Confira as principais propostas feitas por Roberto Requião ao longo da sabatina:

Radares

– O que temos em Curitiba hoje são armadilhas, não são radares. Você está andando, sai de uma rua de 20 km/h, entra uma de 30 km/h e toma uma multa. Desta forma, você está com uma dívida com a prefeitura e o lucro vai todo para uma empresa privatizada. O radar pode existir para disciplinar o transito, não para achacar o motorista e dar lucro.

Transporte Coletivo

– O [bilhete único] é uma hipótese, como existe na Europa, onde você compra um voucher e pode usar uma semana ou um mês. O importante é que vou instituir a frota pública, com pagamento por quilômetro rodado e não por passageiro, e baixar o preço. Já fiz isso e faço com facilidade. Quando fui prefeito, tínhamos o melhor sistema e a tarifa mais baixa do Brasil.

Transporte por aplicativo

– O Uber público é uma ideia que tenho há muito tempo, que nada mais é que um aplicativo gerenciado pela Prefeitura. Hoje, a Uber dá lucros fantásticos para os donos na Arábia Saudita e Estados Unidos, enquanto o motorista ganha uma miséria, não tem cabimento isso. A China resolveu parte do seu problema econômico com a terceirização e uberização da economia, sendo que depois vieram as garantias trabalhistas. Não vamos descartar isso, mas a uberização tem de estar a serviço do Brasil e não da picaretagem internacional.

Hospital Municipal

– Precisamos acabar com terceirização e valorizar os funcionários da Prefeitura. Um posto de saúde, quando terceirizado, faz o dono querer ganhar o máximo de dinheiro possível. E como que faz isso?Contratando médico que se submeta a um salário miserável, normalmente um recém saído da faculdade, sem experiência. Quando o posto é público, temos formação continuada, com especialistas. Curitiba não tem um hospital municipal, mas temos que fazer isso para atender a demanda.

Assista à entrevista completa no player abaixo: