Candidata à Prefeitura de Curitiba, Maria Victoria (Progressistas) se emocionou a falar do casamento dela, ocorrido em 2017. Relembrando os protestos realizados no Largo da Ordem, ela comentou que ainda tem dificuldades para falar sobre o dia, após ser questionada por uma ouvinte da Banda B, nesta quarta-feira (11). Na ocasião, cerca de 300 pessoas cercaram a Igreja do Rosário e lançaram ovos e bebidas contra os convidados, com diversos gritos contra a família Barros. A mãe da Maria Victoria, Cida Borghetti, era governadora do Paraná na época.
Maria Victoria foi a terceira entrevistada em série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Curitiba.
Na visão dela, todo o protesto foi um equívoco.
“O dia do casamento é muito especial na vida de qualquer um, e o meu também. O importante é que conseguimos controlar a situação, sem violência. Nós fomos agredidos insistentemente, mas não revidamos. O que aconteceu, uma semana antes, o Lula foi preso em Curitiba, então foi manifestação política em um evento privado”, disse.
Apesar de citar Lula, que já era mencionado em vários processos da Operação Lava Jato, o protesto ocorria contra as reformas trabalhista e previdenciária, do governo Michel Temer. A prisão do petista em Curitiba viria a acontecer em abril do ano seguinte.
Maria Victoria casou com o advogado Diego da Silva Campos e hoje tem três filhos com ele.
Caminhada até festa
Parte da confusão aconteceu na saída da igreja, no caminho até a Sociedade Garibaldi. Ela lamenta o ocorrido.
“Eu sou apaixonada pelo centro histórico de Curitiba, a Praça Garibaldi é meu lugar favorito e eu tinha o sonho de casar na Igreja do Rosário, a Igreja dos Escravos, que minha família ajudou a reformar. Queria fazer como na Europa: casar na igreja e ir caminhando até a festa, porque aquele lugar [Sociedade Garibaldi] é muito especial para mim. Eu lamento, causou uma indignação muito grande, mas foi tudo maravilhoso e eu só tenho boas recordações, porque no fim deu tudo certo e agimos de forma correta”, concluiu.