Último dos seis candidatos à Prefeitura de Curitiba convidados a passar por sabatina na Banda B, Luizão Goulart (Solidariedade) falou, nesta segunda-feira (16), sobre os projetos pensados por ele para a gestão 2025-2028. Com um ‘case de sucesso’ a frente da Prefeitura de Pinhais, na Região Metropolitana, ele disse ter o sonho de trazer melhorias também para a capital.
Dentre os assuntos abordados, ele falou sobre projetos para a educação, a nova licitação do transporte coletivo e o que espera para a saúde da cidade. Um dos principais questionamentos, porém, foi justamente essa decisão de ‘mudar’ de município para disputar a eleição.
“Se eu ficasse na zona de conforto, seria professor até hoje, com muito orgulho. Mas, eu fui tentar melhorar a vida da população da minha cidade e consegui bom resultado. Tem muito adversário que quer que eu fique em Pinhais, porque eu tenho formação, eu tenho propostas, um trabalho realizado e isso incomoda muita gente que utiliza só o marketing para poder ganhar o voto, tem até um certo preconceito com quem é da região metropolitana. Eu fui para Pinhais trabalhar como professor, senão estaria aqui até hoje”, disse.
Além de Luizão Goulart, outros cinco candidatos foram convidados para a série de sabatinas: Ney Leprevost (União), Roberto Requião (Mobiliza); Maria Victória (Progressistas); Luciano Ducci (PSB) e Eduardo Pimentel (PSD). O critério para definir os entrevistados foi a obtenção de, no mínimo, de 5% das intenções de voto na pesquisa Radar/Banda B, divulgada em 22 de agosto (Registro 03410/2024 no Tribunal Regional Eleitoral).
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Confira as propostas:
Tarifa a R$ 4
– Eu acompanhei a licitação do transporte coletivo em 2010, quando era prefeito de Pinhais, então havia grande interesse nisso. Eu vi essa licitação sendo feita e, ai meus adversários que precisam responder, porque na licitação não tivemos audiências públicas, debates, não foi discutido e com a população as possibilidades de se fazer diferente. As mesmas empresas continuaram operando, de tempos em tempos temos o aporte de subsídio, a compra ônibus. Curitiba hoje puxa a tarifa média para cima, então é possível sim fazer uma licitação com transparência e amplo debate. Vamos chamar os órgãos de controle e fazer os cálculos para a tarifa.
Bondinho na XV
– Na Rua XV, pretendo implantar um bondinho gratuito, da Praça Osório à Praça Santos Andrade, para ficar circulando. Assim, o passageiro pode descer em determinado ponto, andar duas quadras e pegar o bondinho elétrico, moderno, de graça. Estamos em um momento de envelhecimento da população e precisamos de soluções.
10 escolas por ano
– Eu pretendo construir 10 escolas por ano, isso utilizando 1% do orçamento de Curitiba, com capacidade para 400 alunos. Escolas modernas, acessíveis, modernas. Mas, até construir, vamos manter as parcerias com a iniciativa privada.
Metrô
– Eu pretendo recuperar o estudo do metrô, é evidente que temos que reabrir essa discussão para a sociedade. Ele não é só subterrâneo, pode ser de superfície, elevado. Se cada prefeito tivesse feito 5 ou 10 quilômetros de metrô, já poderíamos ter uma cidade vários ramais. Tem parceria público-privada, em Brasília ou ainda com financiamento de bancos.
Saúde
– Nós temos a melhor estrutura, então não poderíamos ter toda essa fila. É possível criar uma rede com a região metropolitana uma estrutura que não estoure na capital. Temos que investir mais na prevenção e nos agentes comunitários de saúde. É assim que faremos um diagnóstico mais preciso, sem sobrecarregar os postos de saúde.