O ex-ministro e ex-juiz federal Sérgio Moro abriu a série de entrevistas com pré-candidatos à Presidência da República da Banda B, na manhã desta quinta-feira (25).

Moro disse, em entrevista à jornalista Denise Mello, que decidiu colocar seu nome à disposição para um projeto, que pode alçá-lo como candidato à Presidência da República, após uma palestra que realizou no exterior há cerca de 45 dias.

“Um menino jovem falou para mim, quando dava uma palestra no exterior. Ele me questionou: Moro, você abandonou o Brasil? Aquilo mexeu comigo e decidi colocar meu nome à disposição”, disse Moro, que se filiou recentemente ao Podemos, liderado pelo senador do Paraná, Álvaro Dias.

Projeto sabotado no Ministério da Justiça

O ex-ministro sempre reforçava em entrevistas, no auge da Operação Lava Jato, que não tinha pretensões políticas. As decisões da operação levaram a prisão políticos, empresários e do ex-presidente Lula, inclusive.

“Não é uma missão pessoal que me move. Fui juiz por praticamente 22 anos, PCC, Fernandinho Beira mar e operação Lava Jato passaram por mim. As pessoas roubavam dinheiro público e não acontecia nada antes. Depois para o governo, mas tive meu projeto sabotado. Fui para iniciativa privada. As pessoas não estavam vendo presente, não estavam vendo futuro. Estou encarando como missão e resolvi colocar meu nome a disposição da sociedade brasileira”, afirmou em entrevista à jornalista Denise Mello.

Críticas a Lula e Bolsonaro

Apesar de não confirmar a pré-candidatura, Moro afirmou que está a disposição da sociedade brasileira e com um projeto para o País. Ele criticou também governos de Lula e Jair Bolsonaro, do qual ele fez parte como Ministro da Justiça. Ele entrou no governo em 2018 com status de super-ministro, mas acabou deixando o cargo em 2020, no auge da pandemia da Covid-19.

O ex-juiz deixou a função, segundo ele, por ter tido seu projeto anticorrupção barrado pelo atual presidente.

O importante é que temos um projeto para o Brasil. O País está sem rumo, o presidente não tem um plano. Nos tivemos a maior recessão 2014 e 2016 que começou no governo Lula, do PT, as pessoas esquecem essas questões”, criticou Moro.

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Moro diz que decidiu entrar na política após palestra no exterior

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