Blogueiros e oposicionistas ao governo Beto Richa (PSDB) receberam com preocupação dados do Instituto Médico Legal de Maringá (IML) que apontam um crescimento expressivo no número de homicídios no município do norte do estado. Em 2012, os assassinatos subiram 16,6% em relação ao ano anterior. Já em Londrina foram 129 homicídios, número mais que o dobro do índice preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). As opiniões vieram à tona depois que o Governo disponibilizou em jornais de Curitiba informes publicitários sobre as políticas estaduais, dando ênfase na Segurança Pública.

Para o blogueiro Esmael Moraes, por exemplo, chama a atenção o fato de em levantamento do Paraná Pesquisas apenas 9% dos paranaenses se recordarem espontaneamente de políticas públicas realizadas ligadas à área da Segurança. “A propaganda governamental até agora surtiu certo efeito (por conta da aprovação de 67% de Richa segundo a mesma pesquisa), mas o problema é que a realidade — os altos índices de assassinato nas maiores cidades do Paraná — não bate com o anúncio de tranquilidade”, disse Esmael em seu blog pessoal.

Ainda para Esmael, as Unidades do Paraná Seguro (UPS) implantadas em Curitiba, Londrina e Cascavel foram apenas muletas para ajudar na reeleição de prefeitos aliados. “São mais ações de marketing político do que efetivas na segurança pública”, disse. O senador Roberto Requião, oposicionista declarado, foi mais além: “UPS: unidade de policiamento de um homem só. Se o estado está sem comando a PM ,por via de consequência, também” protestou em seu perfil na rede social twitter.