As buscas pela criança de 2 anos desaparecida em Londrina, no Norte do Paraná, no último fim de semana, ganharam o reforço do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), de Curitiba. Uma equipe da delegacia especializada está no município para auxiliar a Delegacia de Homicídios da cidade nas investigações.

O menino estava com a mãe e o padrasto no Parque Daisaku Ikeda, localizado na Usina Três Bocas, no sábado (10) pela manhã, e sumiu após o passeio.

As buscas pela criança acontecem desde a manhã de sábado (10), em Londrina.
Foto: PMPR.

O casal alega que se deu conta do desaparecimento da criança quando já estava cerca de 2 quilômetros distante do parque, quando a família retornava de carro para casa. Ambos foram ouvidos como declarantes, no próprio sábado, e liberados. Eles não são considerados suspeitos, de acordo com a Polícia Civil.

A delegada Lívia Pini, interina da Delegacia de Homicídios de Londrina, afirmou em entrevista coletiva à imprensa, que o casal deve ser chamado novamente para dar esclarecimentos, por conta de inconsistências.

“Os pais vão ser inquiridos novamente, existe bastante contradição ali. Nós ainda vamos apurar melhor. […] É uma situação que leva a certa suspeita no sentido de que a gente precisa apurar melhor o que aconteceu. É uma criança com uma idade tão pequena, já em razão do tempo transcorrido é algo bastante preocupante”,

disse a delegada Lívia.

Quarto dia de buscas

As buscas pelo menino de 2 anos continuam nesta terça-feira (13), pelo quarto dia. Desde então, já foram realizadas buscas dentro do rio e da mata, por meio de helicóptero e com auxílio de drone, mas nenhuma pista que pudesse contribuir com a localização da criança. O trabalho se depara com algumas dificuldades, além da passagem de tempo, como frio e chuva na região. As buscas aquáticas continuam, segundo o sargento Gustavo Elvira, do Corpo de Bombeiros, em entrevista coletiva.

“Como é uma região de água corrente, muito forte, não tem indicativo de realizar o mergulho com cilindro, então a gente realizou as buscas superficiais no domingo de manhã, em dois militares, cada um fazendo a varredura de uma margem do rio. Descemos por aproximadamente 600 metros e ali a gente entendeu que seria um ponto máximo que a criança poderia ter percorrido. Logicamente, que pela força da água, pelo prazo que vem se estendendo cada dia mais, pode ser que essa criança percorra um caminho maior, se realmente caiu na água”,

afirmou o sargento.

Ele falou ainda sobre a dificuldade de ter um material de qualidade na casa onde mora a criança, para as buscas com a ajuda do cão especializado em resgate.

“Infelizmente, é um local bem ‘poluído’. Tava tudo misturado, sapato do Thiago com sapato da mãe, com sapato da vó, com sapato do irmãozinho. Então, as amostras são bem poluídas, o que dificulta para a gente poder entregar uma amostra de qualidade para o cachorro também poder trabalhar com qualidade”, afirma Elvira. O bombeiro, no entanto, não descarta coletar uma amostra novamente na casa da família, para “mais uma investida”.