Pacientes do Paraná estão enfrentando dificuldades para encontrar alguns remédios nas farmácias do Estado. A Banda B recebeu diversos relatos de pessoas preocupadas com a falta de medicamentos.

Desde o mês de dezembro do ano passado, Andréa Santana vem tendo a negativa da farmácia do governo para o medicamento Riluzol, do qual a mãe, Alice, faz tratamento contínuo para doença de neurônio motor. Segundo ela, não há previsão de reabastecimento.

Farmacia PR
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

“Ela foi diagnosticada com essa doença há dois anos. Desde então ela toma esse remédio que a gente pegava na farmácia do governo. Desde dezembro do ano passado minha mãe está sem essa medicação. O parecer na farmácia é que eles não têm previsão da chegada desse remédio de novo. Minha mãe não pode parar de tomar o Riluzol, pelo menos para a doença não ter uma evolução tão rápida. Estamos preocupados”, disse ela.

A família de Rafael Angelo também vem tendo dificuldade na busca do mesmo medicamento Riluzol, que a tia, faz uso contínuo.

“O estado dela é muito delicado, a gente não sabe o que fazer. O remédio está em falta e ela já faz esse tratamento há dois anos. Estamos estudando entrar com uma ação contra o governo”, revelou Rafael.

Outro medicamento

O filho de Suzane Breus, de 11 anos, faz tratamento com medicação de alto custo para doença de Wilson, o valor é de mais de R$ 4000 a caixa e desde maio de 2023 está em falta nas farmácias públicas do Paraná.

“Meu filho toma Penicilamina fornecida pela farmácia do Estado e desde maio de 2023 não conseguimos mais esse remédio. Diz que ele está em falta e não há data para voltar a ser distribuído”, explicou Suzane.

Andréa, Suzana e Rafael, inclusive, foram orientados a dar entrada na Justiça com uma liminar para tentar agilidade na reposição dos medicamentos.

Sesa

A Banda B entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) que informou que a aquisição e distribuição aos Estados do Riluzol é responsabilidade do Ministério da Saúde (MS). A previsão de regularização é até a primeira quinzena de fevereiro.

Sobre o Penicilamina, a Sesa afirma que houve por um período desabastecimento no mercado, devido a problemas na comercialização. A previsão é que até o final da próxima semana o fornecimento já esteja regularizado.

Leia a nota da Sesa na íntegra:

“A Sesa informa que o medicamento Riluzol faz parte do elenco de medicamentos do Grupo 1A do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), ou seja, a responsabilidade pela aquisição e distribuição aos Estados é do Ministério da Saúde (MS). O MS informou que houve atraso no processo de aquisição do medicamento, causando uma falta pontual nos estados, com previsão de regularização até a primeira quinzena de fevereiro.

O medicamento Penicilamina passou por um período de desabastecimento no mercado, devido a problemas na comercialização. A previsão é que até o final da próxima semana o fornecimento já esteja regularizado.”