A fumaça provocada pelas queimadas chegou ao Paraná com força. Nesta segunda-feira (9), o laboratório da Universidade Federal do Paraná (UFPR) apontou que Curitiba atingiu o pior índice de qualidade do ar já registrado. Segundo o Simepar, essa condição deve continuar pelo menos até que chova com mais frequência. 

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Foto: Patryck Madeira/SEDEST.

De acordo com o Lab AIR, pelo menos dez vezes mais partículas de poluição foram encontradas no ar em comparação com o que se considera “normal”. Este material encontrado no ar teria origem nas queimadas que acontecem na região da floresta amazônica e do Pantanal.

Lizandro Jacóbsen, meteorologista do Simepar, disse que todo o Paraná tem sofrido com a condição trazida pela fumaça. Essa situação pode dar uma aliviada nos próximos dias.

“A maioria das cidades do Paraná tem se mantido com o céu encoberto por muita quantidade de fumaça, material particular dos incêndios florestais. Assim como em Curitiba, o sol quase escondido e com o pôr do sol muito avermelhado, temos essa condição ainda favorável pelo menos até quarta, quinta-feira nas regiões paranaenses”. 

comentou Lizandro Jacóbsen, meteorologista do Simepar.

Conforme Lizandro, a chuva vem, mas ainda não será capaz de disseminar a fumaça e melhorar a umidade do ar.

“Até volta a chover, mas em poucas regiões até a sexta, oeste e sudoeste é onde há previsão de chuva. E somente a partir do fim de semana é que temos condição de chuva mais abrangente no Paraná”. 

disse Lizandro.

Junto com a chuva, poderemos ter certa melhoria da qualidade do ar, assim como a diminuição desse ingresso de fumaça sobre o Estado. Mas não dura muito.

“É uma melhora momentânea, porque na semana que vem, com o tempo seco novamente, o fluxo dos ventos empurra todo esse material particulado novamente para o Sul do Brasil”.

alertou o meteorologista do Simepar.
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Foto: Patryck Madeira/SEDEST.

Como lidar com a fumaça

A recomendação é para que a população se sensibilize para evitar qualquer incêndio, evitando utilizar fogo para limpeza de terreno, não queimar lixo, não soltar balões e fazer a destinação correta de material vegetal, evitando montes de folhas e galhos. No caso da ocorrência de queimadas, a indicação é entrar em contato imediatamente com o Corpo de Bombeiros.

O clima seco também causa desconforto respiratório e pode agravar condições respiratórias como asma e bronquite – em especial nas crianças. Isso acontece porque o tempo seco desidrata as vias aéreas e causa irritação. Por isso, neste período é importante se hidratar com frequência.

Tosse, coceira no nariz (em crianças menores pode até ocorrer sangramento nasal), espirros, garganta seca, irritação nos olhos e falta de ar são alguns sinais de que o organismo está sentindo o ressecamento do ar.