O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), afirmou nesta segunda-feira (6) que as concessões rodoviárias para o novo pedágio no Estado devem ocorrer ainda neste ano. A declaração ocorre dias depois de os governos estadual e federal discutirem a permanência do modelo de pedágio no Paraná.

Ratinho Junior esteve na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para entregar o relatório de atividades do Poder Executivo em 2022 e apresentar o plano de governo para 2023. Após o discurso feito aos 54 deputados que integram a Casa, o governador participou de uma entrevista coletiva e foi questionado sobre as negociações em torno da modelagem de pedágio no Estado.

Foto: Orlando Kissner/Alep

“Acredito que, se o governo federal mantiver as premissas que exigimos, temos um bom encaminhamento para que aconteçam as concessões [do novo pedágio] ainda neste ano”, disse Ratinho Jr. após destacar que o governo estadual pretende priorizar a menor tarifa, obras e leilão das rodovias na Bolsa de Valores.

Ratinho se reuniu no último dia 19, em Brasília, com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para discutir o programa de concessões rodoviárias no Paraná e afirmou que tratativas estão avançadas para que ocorra o leilão dos primeiros lotes. Segundo ele, os governos estadual e federal entraram em consenso sobre a proposta.

No dia seguinte à declaração, o Partido dos Trabalhadores no Paraná (PT-PR) negou que os governos de Ratinho Jr. e Lula tenham chegado a um acordo para manter o modelo de pedágio já proposto para o Estado. Segundo nota enviada à imprensa, as informações foram publicadas pelo Estado de “maneira equivocada”. Para o PT Paraná, o modelo proposto por Ratinho pode deixar as tarifas ainda mais altas que as praças anteriores.

As concessões, segundo divulgou o governo do Paraná, devem abranger 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais (35%) e federais (65%), e estão previstos investimentos de mais de R$ 50 bilhões em obras.

No último dia 28, o Paraná completou um ano e dois meses sem pedágios. Um novo modelo de concessão chegou a ser apresentado pelo Governo Federal, mas não foi aprovado.