Mesmo após ter perdido milhares de alunos para a rede pública de ensino durante o período pandêmico, escolas particulares voltaram a registrar mais matrículas do que no período pré-pandemia no Paraná. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no primeiro ano de retomada das aulas presenciais, em 2021, o número subiu quase 11%.
Os dados do Censo 2022 também mostram o número de matrículas em creches e a estatística chama à atenção. Ao todo, foram 59,4 mil registros. Esse número é o maior desde 2014, o recorte indica um crescimento de 14,9% nas inscrições em comparação com o Censo 2020, que reflete o ano de 2019.
O Censo ainda mostra que as matrículas em pré-escolas atingiram um volume próximo ao registrado antes da pandemia. Com um total de 50,9 mil crianças matriculadas, o nível escolar apresenta um aumento de 1% em relação ao Censo de 2020, que registrou 50,3 mil inscrições.
De acordo com o Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe) um dos motivos dessa retomada é a volta dos pais ao trabalho presencial pós-pandemia e também a recuperação da economia e, consequentemente, melhora da renda familiar. Durante o período pandêmico, muitas crianças inclusive tiveram dificuldade para acessar à educação remota, principalmente no caso de crianças que não tem acesso a internet por não ter dispositivos eletrônicos em casa.
“Muitos pais também optaram por tirar os filhos da escola com medo da exposição ao Coronavírus ou motivos financeiros. Falta de convívio social também gerou desinteresse pelo aprendizado”, explica o presidente do Sinepe Sergio Moraes
Para Sergio, esse aumento de matrículas se deve principalmente a volta dos pais aos trabalhos presenciais e a outros fatores. Entre eles a melhora da economia e recuperação dos empregos.
