A polícia prendeu nesta segunda-feira (3) um suspeito de envolvimento na morte Beatriz Sorrilha Munhos, 20, durante assalto no sábado (1º), em Sapopemba, na zona leste de São Paulo.

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Foto: Reprodução/Instagram.

Lucas Kauan da Silva Pareira, 18, negou o crime. A moto que teria sido usada no roubo está registrada no nome dele. Segundo a defesa, ele havia emprestado o veículo.

O suspeito chegou por volta das 15h20 ao prédio onde ficam diversas unidades da Polícia Civil, entre eles o 69º DP (Teotônio Vilela) e 8º Cerco, responsável pela investigação.

O delegado seccional Valter Sérgio de Abreu afirmou que Lucas foi reconhecido por uma das vítimas do roubo. O atirador segue foragido.

Beatriz estava dentro de um carro na rua Pacoeira ao lado do pai e do namorado. Eles aguardavam uma pessoa que compraria um drone do pai dela, Lucas Munhos, que trabalha com o equipamento. A família é de Sorocaba, no interior paulista.

Dois criminosos anunciaram o assalto. A dupla estava em uma motocicleta escura e sem placa, informou a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

Beatriz chegou a usar spray de pimenta contra os suspeitos, que reagiram e atiraram. Os assaltantes levaram o celular do pai da jovem.

Ela foi levada ao Hospital Estadual de Sapopemba, não resistiu e morreu.

No momento da fuga, o namorado de Beatriz agarrou a mochila que estava com um dos criminosos. A bolsa térmica semelhante à usada por entregadores foi deixada para trás.

Policiais militares encontraram uma motocicleta com as mesmas características daquela utilizada no assalto, que foi apreendida e passará por perícia. Eles também tomaram como base o rastreador do celular levado.

Para a polícia, já está certo que houve um golpe para roubar o equipamento. Os criminosos teriam se passado por compradores e atraído as vítimas para o endereço onde Beatriz foi baleada.

A investigação encontrou ao menos uma segunda ocorrência para a mesma rua. No entanto, os investigadores descartam envolvimento dos moradores da casa a qual os bandidos forneceram o endereço para os familiares de Beatriz.

O delegado afirmou que os golpistas atuam em duas frentes, em golpe conhecido como “puxadinha” ou “puxada”. Em uma delas, o ladrão anuncia um produto que não tem e atrai a vítima para roubá-la.

O segundo exemplo é semelhante ao que ocorreu com Beatriz. Criminosos procuram produtos na internet e fingem interesse na compra, atraindo as pessoas para determinado endereço de conhecimento deles.

Abreu afirmou que tem sido habitual o golpe na região, que resultou na prisão de diversas pessoas.
O delegado reforçou que as transações devem ocorrer sempre em locais que garantam segurança, como shopping, portas de delegacias e batalhões da PM.

A investigação aponta que Lucas Kauan possuiria diversos atos infracionais quando adolescente, como roubo, lesão corporal e receptação. A polícia aponta que em uma ocasião ele levou três tiros.