A vereadora Ana Maria (PT) desaparecida desde a tarde desta terça-feira (1º) foi localizada por volta das 18 horas de ontem (2) e imediatamente, a polícia informou que a parlamentar havia forjado o próprio sequestro. Ela chegou ao Hospital Santa Casa de Misericórdia juntamente com o primo, Luiz Setembrino Von Holleben (advogado e ex-presidente da OAB).
De acordo com a entrevista coletiva dada na noite desta quarta pelo delegado do Grupo T.I.G.R.E (Tático Integrado Grupo de Repressão Especial) Luis Alberto Cartaxo Moura, a vereadora Ana Maria (PT) resolveu simular o sequestro para não precisar votar na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Ponta Grossa.
“Ela está presa”, ressaltou.O delegado responsável, disse ainda, que, a vereadora contou com o apoio de mais três pessoas, o motorista (Hidalécio), o irmão do motorista (Reginaldo) e a esposa dele (Susiléia). O indivíduo “Reginaldo” esta foragido.
O deputado estadual Péricles de Holleben Melo, primo de Ana, disse que a vereadora chegou ao hospital nervosa, hipertensa e desidratada. Em seguida, ela foi transferida ao Hospital Regional de Ponta Grossa.A vereadora foi autuada em flagrante por falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha. No momento, dois policiais estão no Hospital acompanhando a vereadora, que já está presa.
Na entrevista coletiva, o delegado disse que a armação “fugiu do controle”. “O que dá impressão, é uma opinião que estou dando, não existe nada de concreto nos autos, a ideia [de Ana Maria] era de que fosse uma ação rápida, que ocorresse a votação e ela reaparece (…) Fugiu ao controle”, complementou.Ainda não é sabido se outros vereadores tiveram participação na simulação de sequestro.
Desaparecimento
Ana Maria, que foi eleita para o terceiro mandato nas eleições de outubro de 2012, sumiu por volta das 18h depois de sair do Cine Teatro Ópera, onde foi realizada a cerimônia de posse dos vereadores, prefeito e vice-prefeito eleitos. Do teatro, ela deveria ter ido para a Câmara Municipal para participar da eleição da Mesa Diretora, mas não apareceu. A ausência da vereadora acabou suspendendo a votação. Alguns parlamentares se negaram a dar início à eleição, sem a presença da colega.