A paralisação dos vigilantes, anunciada pelo sindicato da categoria e que ocorre a partir desta sexta-feira (1) e deve prejudicar os consumidores, já que as agências bancárias devem permanecer fechadas. De acordo com Claudia Silvano, diretora do órgão, o Procon Paraná orienta que nenhum prejuízo, em razão desta paralisação ou de sua continuidade, pode ser imposto ao consumidor. “Questões entre empregados e empregadores e ainda bancos e prestadores de serviços não devem resultar ou trazer prejuízos aos consumidores”, afirmou.
O órgão de defesa de consumidor orienta ainda que se algum consumidor tiver qualquer prejuízo, deve formalizar reclamação no Procon-PR. “É importante, todavia, lembrar que existem opções para realização de algumas transações como pagamentos, por exemplo, que podem ser feitos pela Internet, lotéricas, farmácias, mercados ou outros”, diz uma nota emitida pelo órgão.
Greve
De acordo com João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, com a paralisação da categoria as agências bancárias não vão abrir. “Sem sombra de dúvidas o setor financeiro será afetado por causa da lei”, disse em entrevista à Banda B. A Lei Federal 7.102 determina que para o funcionamento de uma agência bancária deve haver, obrigatoriamente, a presença de no mínimo dois vigilantes.
Os trabalhadores reivindicam um adicional de periculosidade de 30% no salário, assegurado pela Lei Federal 12.740, sancionada no fim do ano passado, que ainda não é paga pelos patrões. Hoje, 15% são pago para categoria. No último dia 22, segundo o presidente, houve reunião entre os vigilantes e empresários que propuseram um reajuste da concessão de 14,22% para completar o adicional de periculosidade para todos os vigilantes, mas em contrapartida eles manteriam o piso salarial do ano passado, sem reajuste. “Esta proposta foi negada pelos trabalhadores e outras também. Eles querem dar com uma mão e tirar com a outra. Querem repor o aumento tirando alguma coisa”, alega Soares.
Do total de 26 mil de vigilantes, cerca de 40% trabalham em agências bancárias, detalha o sindicato. O tempo de greve é indeterminado e a expectativa do sindicato é que esta paralisação seja um das maiores já enfrentados pelo Paraná.