O número de casos confirmados de dengue vem reduzindo gradativamente em todo o Paraná desde 2010. No ano passado, foram confirmados 3.068 casos da doença, o que representa 90% de redução em comparação com 2010, quando foram registrados 33.456 casos.
“Os dados legitimam nossa estratégia de trabalhar de forma integrada, com a participação do Governo do Estado, municípios, população e outros setores da sociedade em todas as etapas do enfrentamento da dengue”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
Com a vigilância constante para o combate à doença e o apoio aos municípios, a Secretaria da Saúde reverteu a situação encontrada no início de 2011, quando o Estado já enfrentava uma epidemia. “Nosso objetivo foi desencadear ações para conter o avanço da dengue e estruturar os serviços de atendimento aos doentes para evitar mortes” explicou o secretário. Em 2011, foram confirmados 28.970 casos de dengue, uma redução de 13% em relação ao ano anterior.
O número de mortes em decorrência da doença também diminuiu. Em 2010 e 2011 foram registradas 15 mortes a cada ano e em 2012 somente uma pessoa morreu no Estado por causa da dengue. Um dos fatores para essa queda é o investimento feito em capacitações de profissionais de saúde para o diagnóstico e tratamento.
“Os profissionais estão mais atentos e a população também. Isso é importante, porque os sintomas da dengue são semelhantes aos de outras doenças”, afirma o coordenador da Sala de Situação da Dengue, Ronaldo Trevisan. A orientação repassada aos profissionais é que sempre suspeitem de dengue, mesmo que o caso seja descartado no futuro.
NÚMEROS – A Sala de Situação da Dengue divulgou o novo boletim com números da doença no Paraná. De agosto de 2012 até segunda-feira (07/01) foram confirmados 478 casos, sendo que um apresentou a forma grave da doença, mas já foi curado. Até o momento nenhuma morte foi registrada e os municípios com maior número de casos foram Peabiru (182), São Carlos do Ivaí (91) e Paranavaí (49).
Desde 2011, o Paraná passou a utilizar uma metodologia cronológica diferente para analisar os casos da dengue. O calendário leva em conta a curva epidemiológica da doença, que geralmente tem seu pico durante o verão. Com isso, os dados começam a ser analisados em agosto e são fechados em julho do ano seguinte.
De acordo com a equipe técnica da Sala de Situação da Dengue, 97 municípios estão em situação de alerta, pois apresentam índices de infestação entre 1% e 4%. Alguns municípios apresentaram índices menores que 1%, mas têm ocorrência de casos de dengue.