Moradores do bairro Santa Cândida, em Curitiba, devem solicitar um mandado de segurança contra a prefeitura e o governo do Paraná para cobrar a retirada dos manifestantes pró-Lula das imediações da sede da Justiça Federal. O grupo pede o cumprimento do interdito proibitório que, segundo ele, não está sendo respeitado pela vigília de apoio ao ex-presidente.
A advogada dos moradores, Patrícia de Castro Busatto, afirmou que todas as medidas cabíveis já foram tomadas, mas que nada mudou no local. “O objetivo do mandado de segurança é obrigar as autoridades públicas a cumprirem a lei e agirem em benefício dos direitos de quem vive na região”, disse ela em entrevista coletiva nesta terça-feira (15).
De acordo com a advogada, os moradores reclamam de ameaças, de não terem como sair e entrar em casa tranquilamente, e de serem obrigados a conviver com o barulho alto das caixas de som.
Durante a coletiva, a moradora Rosete Ferreira disse que a situação continua insuportável, desde que o acampamento se instalou na região, no dia 7 de abril. “A partir do momento que não houve mais o acordo [firmado entre o Ministério Público e o Movimento Pró-Lula], os manifestantes começaram a se instalar às 6h e ficam aqui até a noite… Na sexta-feira, eles vieram para cima de mim e começaram a me intimidar quando eu fui lavar a calçada. Tive que expulsá-los com a mangueira. Como eu bato de frente com eles, sofro ameaças e, sempre que saio na calçada ou apareço ali, eles me ofendem. Eu ouço palavrões de tudo o que é tipo”, relatou.
Protestos
Na noite desta segunda-feira (14), os moradores que são contra a vígila no Santa Cândida se reuniram para protestar. Eles chegaram a soltar fogos de artifício durante o ato.
Em nota, o Acampamento Vigília Lula Livre informou que lamenta o protesto e denunciou que novamente a manifestação realizada pelo grupo contrário à vigília desrespeitou os acordos firmados com as autoridades, desta vez lançando foguetes depois do horário estabelecido das 19h30. Afirmou ainda que o grupo continuará com manifestações pacíficas, participando das atividades até libertar Lula.
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Revoltados com ‘Vigília Lula Livre’, moradores do Santa Cândida prometem entrar na Justiça
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