O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o mês de janeiro em alta de 0,34%, abaixo da variação registrada em dezembro último (0,68%), mas acima do resultado obtido em janeiro do ano passado (0,25%). No acumulado de 12 meses, o índice subiu 7,91%, oscilação superior à medida em dezembro do ano passado, quando a taxa ficou em 7,82%.

O IGP-M é apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e serve de base de cálculo para a renovação do valor cobrado em locações de imóveis.

As maiores influências sobre a alta do IGP-M , em janeiro, foram constatadas no comércio varejista e também no custo da construção civil. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), um dos três componentes da taxa, apresentou elevação de 0,98% em janeiro, ante 0,73% em dezembro. No acumulado dos últimos 12 meses, entretanto, é o índice que exerceu menor pressão, com alta de 5,81%.

O maior impacto sobre o IPC de janeiro foi provocado pelos alimentos (de 1,29% para 1,97%), com forte contribuição dos grupos hortaliças e legumes (de 1,85% para 15,58%) e frutas (de 0,55% para 4,60%).

A elevação do IGP-M reflete ainda o aumento verificado no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) com alta de 0,39%, variação acima da apresentada em dezembro (0,29%). Houve pressão tanto do grupo materiais, equipamentos e serviços, que aumentou de 0,26% para 0,39%, quanto da contratação de mão de obra (de 0,31% para 0,39%). No período de 12 meses, o custo da construção elevou-se em 6,94%.

No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o terceiro componente do IGP-M, a correção acumulada é a maior (8,83%), porém, em janeiro o ritmo de alta caiu bastante (de 0,73% para 0,11%). Esse resultado está associado, principalmente, às cotações de produtos agrícolas. O índice de matérias-primas registrou queda de 1,41% ante uma alta de 1,1%, em dezembro. Entre os recuos estão a soja em grão (de -1,65% para -9,01%); o milho (de 5,90% para -1,41%) e aves (de 8,91% para 2,73%).

O café também manteve o recuo (-2,78%), mas em processo de recuperação porque na apuração passada havia caído com mais intensidade (-5,91%). No mesmo período, ocorreu elevação do minério de ferro (de 0,93% para 1,46%) e da laranja (de 12,15% para 15,96%).