O Brasil ficou em alerta na semana passada quando houve o registro de um caso positivo da “Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como “mal da vaca louca” no país. A doença foi identificada pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). O Governo Federal, no entanto, já se pronunciou dizendo que não há porque se preocupar com a vaca louca em termos de saúde humana.
O resultado positivo foi em uma propriedade com 160 cabeças de gado. O local foi inspecionado e isolado de forma preventiva. O mal da vaca louca é uma doença cerebral, degenerativa e fatal. Ela é provocada por uma proteína chamada príon, que afeta o gado. A enfermidade ficou inclusive entre os anos 80 e 90 após um surto no Reino Unido.
Existem duas formas de contaminação do gado. A primeira delas é um caso de origem atípica quando, naturalmente, o príon sofre uma mutação, se tornando infeccioso. A segunda forma é por meio de consumo de rações feitas com proteína animal contaminada, como farinha de carne e ossos de outras espécies.
De acordo com a neurologista do Hospital Marcelino Champagnat Dra. Patrícia Coral, na forma atípica o próprio animal pode desenvolver a doença com a idade. Essa pode ser transmitida para humanos com mais facilidade, diferente da atípica.
“Doença rara em humanos que faz lesão no Sistema Nervoso Central. Progressivamente, a pessoa vai começar a ter abalos musculares, perde a memória, dificuldade de locomoção e pode ter dificuldade para enxergar também, o que evolui para coma”, explica
O diagnóstico da doença em humanos é feito através de exame de sangue. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 90% dos indivíduos evoluem para óbito em um ano. Atualmente o tratamento recomendado é basicamente de suporte e controle das complicações. Pesando nisso, Patrícia confirma: não há cura para a doença.