Ainda não sabe qual é a diferença entre medicamentos de referência, genéricos e similares? Você não está sozinho! Se você já foi até uma farmácia comprar um medicamento, muito provavelmente te questionaram se gostaria de comprar o medicamento genérico, referência ou similar. A dúvida as vezes até pode confundir os próprios atendentes.
A informação é essencial e garante ao cliente que ele está adquirindo exatamente o mesmo produto e com a mesma eficácia. De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), as vendas dos produtos genéricos cresceram 3,67% nos primeiros seis meses de 2023 em relação ao desempenho apresentado no mesmo período do ano passado.
Entre janeiro e junho de 2023, foram comercializadas 979,4 milhões de unidades de medicamentos genéricos, frente a 944,7 milhões no mesmo período do ano anterior.
De acordo com o coordenador do curso de Farmácia na Universidade Positivo (UP) Felipe Lukacievicz Barbosa, um medicamento e referência é um produto inovador registrado junto à autoridade federal encarregada da vigilância sanitária e comercializado no país. A eficácia, segurança e qualidade são cientificamente comprovadas no momento do registro.
“Por outro lado, um medicamento genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via, com a mesma posologia e indicação terapêutica que o medicamento de referência. Ele é fabricado após a quebra da patente”, explica
No caso do medicamento similar, Felipe destaca que o remédio contém o mesmo princípio ativo que o medicamento de referência e é identificado pela marca ou nome comercial. Neste caso, ele só pode substituir o medicamento de referência correspondente após passar por rigorosos testes laboratoriais que comprovem a equivalência terapêutica.
“Aqueles que passaram por esse processo são denominados similares intercambiáveis. A eficácia entre os genéricos e os medicamentos de referência é a mesma, pois os genéricos precisam passar por testes que garantam a mesma eficácia do medicamento de referência. Somente o medicamento de referência passa pelo processo de pesquisa para produção e desenvolvimento, com a indústria farmacêutica investindo nessa pesquisa”, diz
O professor ressalta que os genéricos e similares apenas obtêm esses dados após a quebra de patente e realizam testes de eficácia terapêutica para garantir que esses medicamentos sejam tão eficazes quanto os de referência. No entanto, não é necessário realizar toda a pesquisa.