As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são as principais causas de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a cada 90 segundos um brasileiro morre em decorrência dessas doenças.
Foi registrado pelo Cardiômetro da SBC, indicador em tempo real das mortes causadas por doenças cardiovasculares, aproximadamente 267 mil óbitos entre 1º de janeiro e 29 de agosto deste ano. “Esses números reforçam a necessidade de uma maior conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e de ações preventivas”, enfatiza o médico cardiologista Daniel Tosoni.
Segundo o especialista, recomenda-se que pessoas assintomáticas realizem uma avaliação cardiológica a partir dos 35 anos. Entretanto, aqueles com antecedentes ou histórico familiar de doenças cardíacas, precisam antecipar a avaliação. “Os exames mais comuns incluem o eletrocardiograma, o ecocardiograma, que examina a função cardíaca e suas válvulas, e o teste ergométrico, que detecta sinais de isquemia”, detalha.
A avaliação precoce das doenças cardiovasculares é importante, assim como a atenção aos fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo e tabagismo. Tosoni explica que identificar sintomas como dor torácica, além de cansaço, falta de ar e arritmias, é fundamental para buscar atendimento médico adequado.
Alimentação e atividade física
Manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas regularmente são fatores essenciais para a saúde do coração. Uma dieta rica em frutas e vegetais e a prática de exercícios diários ajudam a prevenir doenças cardiovasculares. Por outro lado, uma alimentação inadequada e o sedentarismo aumentam os riscos.
“Controlar fatores de risco e realizar avaliações cardiológicas regulares são medidas fundamentais para reduzir a mortalidade associada a essas doenças, que continuam a ser uma grande ameaça à saúde pública”, afirma Tosoni.