Em meio à crise e momentos de instabilidade, o torcedor até se esquece de alguns aspectos positivos do Paraná Clube. Um exemplo disso é a pouca importância dada à longa invencibilidade.

Se o time de Marcelo Oliveira não perde há nove jogos, os números são ainda mais expressivos quando se trata de partidas fora de casa. O Tricolor sofreu a sua última derrota no dia 11 de setembro do ano passado, para o Vasco, em São Januário, pela 23.ª rodada da Segundona.

Partida esta em que o time foi dirigido interinamente por Ageu Gonçalves. O ex-zagueiro e atual auxiliar técnico fez a transição entre a “era” Sérgio Soares – que trocou o clube pelo Santo André – e a chegada de Roberto Cavalo.

Desde então, foram treze jogos, entre Série B, Paranaense e Copa do Brasil. São seis vitórias e sete empates, num aproveitamento até impressionante para uma agremiação que convive de longa data com dificuldades financeiras e constantes reformulações de elenco.

Impulsionado por esse retrospecto e pela recente atuação contra o Sport, pela Copa do Brasil, que o Paraná encara o Toledo, amanhã – às 15h30, no 14 de Dezembro -tentando melhorar a sua situação no Estadual.

Hoje ocupando a 5.ª posição, o objetivo é fechar essa fase em 3.º, garantindo assim uma tabela melhor. Só que além de superar o desesperado Toledo, o Tricolor depende de tropeços de Iraty e Paranavaí.

A exemplo do Paraná, os dois concorrentes jogam fora de casa, contra Cianorte e Atlético, respectivamente. “É muito importante buscar esse 3.º lugar”, disse o ala Pará, que volta à condição de titular, na vaga do suspenso Diego Correa.

“Com essa posição, não teríamos pontos extras, mas faríamos cinco jogos em casa. Vejo o nosso time em ascensão e na briga pelo título”, afirmou o jogador. “Podem até pensar que a gente corre por fora. Mas, esse grupo está unido e o ambiente entre os atletas é muito bom”.

A presença de Pará, ao que tudo indica, será a única mudança no Tricolor para este jogo em Toledo. Com Vinícius vetado pelos médicos, o técnico Marcelo Oliveira deverá manter o meio-de-campo com três volantes.

“É um jogo em que precisamos jogar com inteligência, até explorando o nervosismo do time de casa”, ponderou Oliveira. Com os três cabeças-de-área, além de fechar a faixa central do campo, tentará proteger o lado esquerdo, para que Pará -afastado um mês por lesão muscular – não venha a ser sobrecarregado.