O Paraná Clube tem um acordo encaminhado para se tornar definitivamente uma SAF. A informação obtida pela Banda B amplia a expectativa para a autorização da recuperação judicial (RJ), que depende do aval da juíza Mariana Gusso, da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba. A magistrada deve receber ainda nesta quarta-feira (9) mais uma manifestação do Ministério Público, e também espera novos posicionamentos do Tricolor.

A Promotoria de Fazenda Pública, Falências e Recuperações Judiciais e Execuções Fiscais recebeu a papelada da RJ do Paraná Clube na semana passada, com prazo para entregar nesta semana o seu parecer. A entidade do MP faz o acompanhamento dos processos para proteger a lisura dos procedimentos, e é um dos últimos atos no Judiciário para a decisão de aprovação ou não do plano de recuperação tricolor.

Mas a Justiça espera um posicionamento claro do Paraná Clube que vai honrar o plano e pagar os credores – ao todo são 428, entre empresas, ex-jogadores, profissionais liberais e até ex-dirigentes. Se o Tricolor iniciasse os pagamentos imediatamente, daria uma mostra clara – que é esperada pelo poder público – de que vai seguir com o plano. Mas o clube não pretende começar a pagar enquanto não sair a RJ. Esse impasse pode travar a aprovação, que não tem prazo para ser definida.

E a SAF do Paraná Clube?

A diretoria espera com muita ansiedade a definição da juíza Mariana Gusso porque está com um parceiro engatilhado para a constituição da SAF. O nome é mantido em sigilo. O Paraná Clube projeta um aporte de aproximadamente R$ 100 milhões, que teria como garantia a sede da Kennedy – outro entrave, este com a participação de políticos para resolver. O valor seria suficiente para o pagamento das dívidas, que terá redução com a aprovação da RJ.

Para o Paraná Clube, a SAF, além de ser o único caminho viável para evitar a falência, é talvez a única chance para um retorno sustentável do futebol. Sem partidas até maio do ano que vem, o Tricolor vive um limbo de competições, com consequente falta de visibilidade e pouco interesse de patrocinadores. Com a RJ e o clube-empresa, esse panorama pode mudar. Mas tudo depende de uma assinatura, a da juíza Mariana Gusso.

Sede Kennedy - Paraná Clube
A entrada da sede da Kennedy, que deve entrar como garantia da SAF. Foto: Divulgação/PR

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Paraná Clube tem acerto encaminhado para SAF; saiba os detalhes

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