A melancólica temporada 2023 do Paraná Clube já terminou. Foram apenas nove jogos, três vitórias e uma eliminação na primeira fase da segunda divisão do Campeonato Paranaense. Salvo improvável mudança, o Tricolor entrará em campo no ano que vem no máximo 13 vezes em partidas oficiais. Uma realidade que contrasta com os anos gloriosos do clube, quando era um dos que mais jogavam no futebol brasileiro.

Olhando para um dos anos mais importantes da história do Paraná Clube, a diferença é gritante. Em 2007, o Tricolor teve sua temporada mais agitada, com a participação na Copa Libertadores e o vice-campeonato paranaense, mas que terminou com o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Foram ao todo 73 jogos naquele ano, oito vezes mais do que em 2023. Os paranistas jogaram em Maracaibo, na Venezuela, a 7000 km de Curitiba. Na segunda divisão, o máximo foi em Alvorada do Sul, a 452 km da capital do Estado.

De lá para cá, o Paraná Clube teve outra grande temporada em 2017, com o acesso à Série A e boas campanhas na Copa do Brasil e na Primeira Liga. O time de Richard, Eduardo Brock, Iago Maidana, Renatinho, Robson e João Pedro fez 64 partidas naquele ano e esteve entre os destaques do futebol brasileiro. Mas aquele que seria a maior alegria recente do Tricolor acabou sendo um marco para o esvaziamento do clube.

Paraná Clube em queda livre

O Paraná Clube não apenas jogou menos nos últimos anos – uma redução que se acentuou de 2020 (55 partidas) a 2023 (apenas nove). A relevância paranista também foi se esvaindo com os rebaixamentos seguidos para a Série C e para a Série D, a não qualificação para competições nacionais e o rebaixamento para a segunda divisão estadual. “Aqui em São Paulo, ninguém consegue entender como o Paraná chegou a esse ponto“, resumiu o narrador Paulo Andrade, da ESPN, em conversa com a Banda B.

Paraná Clube x Flamengo em 2007.
Josiel marcado por Toró e Rômulo. Era o Brasileirão de 2007. Foto: Arquivo/Tribuna do Paraná