Por Pedro Melo e Rodrigo Dornelles

O ex-jogador e comentarista da Rádio Banda B, Dionísio Filho, infelizmente, nos deixou aos 58 anos após não resistir a uma síndrome colestática decorrente de uma lesão nas vias biliares, mas o que fica é a boa lembrança daquele “Djonga” que por onde passava, contagiava amigos e ouvintes. Portanto, em um dia tão triste, a única coisa que nos resta é desejar força aos familiares para superar essa perda e também agradecer ao Dionísio por tudo.

De Ribeirão Preto para o Brasil

Djonga jogou no Atlético, Coritiba e Pinheiros. (Divulgação)Djonga jogou no Atlético, Coritiba e Pinheiros. (Divulgação)

Natural de Ribeirão Preto (SP), foi lá que Antônio Dionísio Filho iniciou sua trajetória pelos gramados brasileiros. Revelado nas categorias de base do Botafogo-SP, o ex-lateral-esquerdo estreou como profissional em 1970 e logo foi contratado pelo Guarani. Após boa passagem pelo Bugre, Dionísio chamou atenção do Atlético Mineiro.

No Galo, o ex-jogador atuou ao lado de nomes como Marcelo Oliveira (hoje técnico do Cruzeiro), João Leite, Toninho Cerezo, Reinaldo e Paulo Isidoro. Com a grande equipe atleticana, Djonga conquistou o título mineiro de 1976 de forma invicta. De Belo Horizonte, foi para Porto Alegre para defender o vermelho e branco do Internacional. No Beira-Rio, dividiu vestiário com Falcão, Benitez, Valdomiro e Caçapava, entre outros.

Após um ano vestindo a camisa do Colorado, Dionísio Filho chegava a Curitiba para atuar pelo Atlético. Foi no Furacão que Djonga iniciou sua trajetória no futebol paranaense. Vestiu o vermelho e preto do Atlético, o verde e branco do Coritiba, e o azul e branco do Pinheiros. No clube que deu origem ao Paraná, venceu o Estadual duas vezes. Para encerrar a carreira, Dionísio rumou ao interior para defender o Cascavel.

Dos campos para as cabines

Dionísio Filho era comentarista da Banda B há 15 anos. (Divulgação)Dionísio Filho era comentarista da Banda B há 15 anos. (Divulgação)

Encerrada a carreira de Dionísio nos gramados, o “sangue bom” da galera recebeu convites e até tentou iniciar uma trajetória como técnico. Mas, convivendo com o preconceito, decidiu aceitar um convite para trocar os campos pelas cabines. Contratado pela Rádio Banda B, Djonga passava a ser comentarista esportivo. Além de comentarista, Dionísio também passou a ter seu próprio programa na Banda B e ainda participava da edição paranaense do programa de TV Donos da Bola, da TV Band.

Luta contra o racismo

Vítima de ofensas racistas enquanto jogador e em sua breve passagem como técnico, Dionísio Filho chegou a reagir contra insultos durante sua carreira dentro das quatro linhas. Mesmo após o encerramento de sua trajetória pelos campos, lutou contra o preconceito. Participou de diversas palestras, debates e tornou-se uma referência quando o assunto era o combate ao racismo.

Confira abaixo alguns momentos que provam porque Dionísio Filho era o “Sangue Bom” da galera.

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