Desde que assumiu o time, o técnico Jorginho já comandou o Coritiba em 11 rodadas na Série B. Neste período, somou cinco vitórias, três empates e três derrotas. Números que, se não são os ideais para brigar pelo acesso, mostraram uma leve melhora, que deixa o Coxa vivo para sonhar com o G4.
Com 54,5% de aproveitamento, o treinador supera o desempenho de Guto Ferreira (44,4%, contando apenas a segunda divisão) e Fábio Mathias (25%), por exemplo, ficando atrás somente dos interinos James Freitas, que ocupou o cargo em seis duelos, com 61,1% de aproveitamento, e Guilherme Bossle, que fez apenas uma partida, ganhando da Chapecoense por 1×0.
De qualquer forma, a campanha de Jorginho é a mesma do Mirassol, que hoje ocupa o quarto lugar, com 47 pontos e 54% de aproveitamento em 29 rodadas, enquanto o Coritiba, de maneira geral, tem 47% dos pontos disputados, por isso ocupa a nona posição na classificação.
Jorginho vê Coritiba mais corajoso
Para Jorginho, a melhora no desempenho se deve ao fato de, com ele, o Coxa ter mais coragem em campo. O treinador evitou comparar seu trabalho com os antecessores, mas admitiu que vê uma equipe melhor trabalhada no aspecto tático e de organização.
“É difícil falar de um trabalho no qual eu não estava aqui. Mas, hoje, além da equipe taticamente estar rendendo mais, ela tem mais coragem para jogar. Eu vi alguns jogos antes de chegar e ela está muito organizada, confiante, entregando tudo, e isso eu não via antes de eu estar aqui. Claro que recebemos alguns reforços, que estão sendo importantes, e eles deram oportunidades diferentes e formas de jogar”, apontou o técnico.
Torcida pode confiar?
Para sonhar com o G4, o Alviverde precisa tirar seis pontos de diferença, faltando apenas mais 27 em disputa. Uma conta complicada que, aliada a tropeços em casa, como nos empates com Ponte Preta (1×1), Novorizontino (0x0) e Goiás (0x0), irritaram o torcedor.
Tanto é que no final da partida contra o Esmeraldino, principalmente no momento do gol do adversário – que foi anulado pelo VAR na sequência -, os gritos de ‘time sem-vergonha’ tomaram conta do Couto Pereira. Algo que o técnico admitiu incomodar, mas que, de maneira geral, é ofuscado pela confiança que o torcedor pode ter ao ver a vontade dos jogadores do Coritiba ao longo dos 90 minutos.
“O que eu vejo da minha equipe, apesar da torcida estar machucada e gritar sem-vergonha no final, o torcedor sabe que somos uma equipe organizada e que está entregando tudo, que é possível vencer e se classificar. Por mais que se tenha essa desconfiança, ele sabe que isso é real e a minha chegada trouxe isso”, completou o comandante do Coxa.