O Atletiba deste sábado (28), que será disputado na Arena da Baixada, pela Série B do Campeonato Brasileiro de 2025, marca o reencontro das duas equipes na segunda divisão. A última vez que o clássico aconteceu na Segundona foi em 1995, ano recheado de fatos históricos para os dois clubes e também para o confronto.

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Entre eles, o Atletiba da Páscoa. Pelo lado alviverde, a goleada por 5×1 sobre o maior rival é uma doce memória, enquanto a amarga derrota no Couto Pereira deu início à Era Petraglia — que não só conduziu o Athletico ao título da Série B, como também abriu caminho para anos de glória e conquistas nacionais e internacionais.

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Um dos principais personagens daquela tarde foi o ex-atacante do Coritiba, Ildebrando Dal’Osto, mais conhecido como Brandão. Foram dele três dos cinco gols marcados no Couto Pereira. Em entrevista exclusiva à Banda B, ele relembrou o clássico e toda a mística que envolve um Atletiba.

O clássico Atletiba dá uma visibilidade muito maior. Eu já tinha disputado alguns clássicos aqui no Rio Grande do Sul, como o clássico Caju, mas nada se compara com o Atletiba. E para mim foi uma honra, uma satisfação poder, já nos primeiros jogos, marcar gols, me destacar e já dar alegria para o torcedor coxa-branca”, recordou Brandão.

“Atletiba é sempre um jogo diferente”, reforça ídolo do Coritiba

Como diz uma das máximas do futebol, de outro ex-atacante do Caxias, Jardel: “Clássico é clássico e vice-versa”. Para o ex-jogador do Coxa, não é diferente. O duelo exige uma preparação especial e mexe com a cidade.

Atletiba é sempre um jogo diferente. É um jogo onde os torcedores ficam mais aguçados e cada um quer que o seu time ganhe, quer que a sua equipe mostre sempre uma maior qualidade em relação aos outros. É um jogo diferente, um jogo que você tem que estar preparado, tem que saber o que vai fazer dentro de campo”, reforçou o ex-atleta.

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Mesmo passadas quase três décadas, Brandão segue acompanhando os dois clubes e acredita que o equilíbrio deve marcar mais uma edição do clássico.

O Coritiba está vindo de uma campanha um pouco melhor. O Atlético começou bem e agora deu uma caída, mas já conseguiu algumas vitórias aí. O clássico sempre é aquela coisa, não tem favorito — seja na casa do Coritiba ou seja na Baixada. Sempre tem aquela vontade de ganhar na casa do adversário, e isso é o que leva o grupo e o time a buscar a vitória”, afirmou.

Clássico marcado na memória: o Atletiba da Páscoa

Por fim, Brandão relembrou com carinho o icônico Atletiba da Páscoa, responsável por eternizar seu nome na história do clássico.

Eu acho que sempre é difícil jogar contra o Athletico, é uma grande equipe também.
Disputei vários Atletibas também no Pinheirão. E com certeza fica marcado, em um clássico desses, o que foi aquele Atletiba de Páscoa”, começou.

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No dia 16 de abril de 1995, mais de 21 mil torcedores lotaram o Couto Pereira para assistir a uma das maiores goleadas da história do duelo. O Coritiba venceu o Athletico por 5×1, com três gols de Brandão, um de Jetson e um contra, marcado por China. Pelo lado rubro-negro, Pádua descontou no placar.

“A gente sabia da dificuldade que era jogar um clássico, mas jogando em casa a gente tinha possibilidade de ganhar. Não que a gente fosse ganhar de quatro ou cinco, como foi, mas às vezes o futebol prega essas peças. E você jogar em uma data histórica como é a Páscoa, fica marcado como o Atletiba da Páscoa”, concluiu.

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Brandão foi o grande nome do Atletiba da Páscoa em 1995, marcando três dos cinco gols do Coritiba na goleada histórica por 5×1 – Foto: Reprodução/Redes Sociais