Em meio à complicada luta pela salvação do rebaixamento, o Coritiba está em uma frente de bastidores pela visibilidade do clube. A Treecorp, dona da SAF alviverde, apresentou para investidores nas últimas semanas o projeto do Coxa para os próximos dez anos. E um dos principais objetivos é a “globalização”, usando o termo dito pelo CEO Carlos Amodeo. O plano é deixar o clube cada vez mais conhecido fora do País.
Não foi à toa que as principais contratações do Coritiba na janela internacional de transferências vieram do exterior. O espanhol Jesé Rodríguez, o grego Andreas Samaris e em especial o argelino Islam Slimani reforçaram um perfil já ‘multinacional’ do elenco, em uma construção que veio desde o início da temporada. Não que o Coxa não tivesse já tradição em contratar estrangeiros – mas agora há uma estratégia por trás deste plano.
Desde os anos 1950 o Coritiba se reforça com atletas de outros países. Polêmicos como Agapito, vencedores como Dreyer e frustrados como Jiménez, os gringos foram marcando seu espaço cada vez mais com a camisa alviverde. Hoje, são ao todo seis jogadores de fora: além de Jesé, Samaris e Slimani, o chileno Kuscevic, o colombiano Sebástian Gómez e o argentino Marcelino Moreno, estes três últimos contratados antes da Treecorp assumir oficialmente o Coxa.
Os planos do Coritiba
Segundo o CEO do Coritiba Carlos Amodeo, há método nas contratações de Jesé, Samaris e Slimani. “A nossa prioridade são os resultados esportivos, mas sabemos que os atletas são ativos importantes para incrementar os planos de sócio-torcedor, venda de camisas, lançamentos de produtos oficiais e globalização da marca e do clube“, disse o cartola em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Eles se mostraram empolgados em vir para cá por causa da atratividade do projeto e da abertura de um novo mercado para eles”, completou.
Na mesma entrevista, Amodeo garantiu que não houve investimento acima do planejado. “Todas as movimentações foram feitas de acordo com o planejamento financeiro do Coritiba. A SAF planeja seguir rigorosamente o orçamento econômico para não entrar em um ciclo vicioso”, afirmou. Apesar da má situação no Brasileirão, o plano de expansão do Coxa continua firme. “Independente do que acontecer ao fim da temporada, temos um cronograma estruturado para transformar o clube, elevar o patamar desportivo do Coritiba nos próximos anos“, finalizou o CEO.
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