O Coritiba usou 57 jogadores em 2023. Destes, 29 vieram durante o ano, e a maioria acabou fracassando com a camisa alviverde. Mas alguns jogadores podem ser considerados símbolos desta temporada frustrante do Coxa, com eliminação precoce no Paranaense e na Copa do Brasil e o rebaixamento no Brasileirão. Não que sejam ruins, mas os erros de avaliação do clube acabaram colocando esses atletas em situação insustentável.
Foi assim com Júnior Urso. Ele nunca teve a qualidade técnica como seu destaque, mas sim o fôlego interminável e muita ocupação dos espaços. Mas a volta dele ao Coritiba foi anunciada como a de “um novo jogador”. O volante chegou a ser avaliado desta maneira: “ele será importante no quesito organização. Defendendo ou apoiando mostra eficiência e assertividade em todas as fases. Tem bom passe, inteligência na leitura e preenchimento dos espaços, e chega bem ao ataque”. O Coxa se apoiava nos números dele no Orlando City.
Mas não seria uma transformação natural – pelo contrário, jogadores técnicos é que são cada vez mais explorados como homens de marcação vindos de trás. E, como se esperava, Urso não era meia, nem aqui nem nos Estados Unidos. A expectativa criada pelo próprio jogador e pelo Coritiba fez a passagem do volante ser curta e decepcionante. Foram apenas oito jogos, duas lesões e a saída seis meses antes do final do contrato.
A grande aposta do Coritiba
Mas o nome que mais gerou expectativa no Coritiba nesta temporada foi Rodrigo Pinho. O clube o anunciou assim: “Pinho é um centroavante muito técnico, com grande capacidade de finalização e participa ativamente da construção do jogo“. Ex-treinador de Athletico e Paraná Clube e com longo trabalho em Portugal, Milton Mendes o chamou de “completo”. “De dez (chances), ele faz nove”. Já o jornalista Nuno Martins, do Record, foi direto. “Não é de ficar plantado na área”.
E Rodrigo Pinho, que chegou com a camisa 9, não é centroavante. Ele busca o jogo, funciona melhor como um segundo atacante. Mas no Coritiba ele recebeu a pressão de ser o artilheiro. E acabou fazendo apenas cinco gols em 26 jogos, foi afastado do elenco em agosto e está fora dos planos de Guto Ferreira para 2024. Contratado por 500 mil euros (aproximadamente R$ 2,7 milhões), hoje é um jogador sem futuro. E o Coxa trabalha para evitar frustrações como esta na próxima temporada.
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