O Coritiba precisou entrar no Oriente Médio. Nenhuma correlação direta com o conflito armado entre Israel e Hamas, que obrigou o governo brasileiro a resgatar quase mil pessoas às pressas da Faixa de Gaza. Ao Coxa interessava apenas uma pessoa – na verdade, o jogador que representa a esperança alviverde para escapar do rebaixamento. O atacante argelino Islam Slimani foi o alvo de um esquema especial que vai lhe permitir chegar a Curitiba a tempo do jogo alviverde contra o Cuiabá, nesta quarta-feira (18), às 20h, no Couto Pereira.
Slimani participou dos dois amistosos da Argélia nesta Data Fifa – na última quinta-feira (12), goleada sobre Cabo Verde por 5×1, em Constantina; nesta segunda (16), empate em 1×1 com o Egito de Mo Salah, em Al-Ain, nos Emirados Árabes Unidos. O centroavante do Coritiba marcou nos dois jogos, sendo um dos destaques de sua seleção. Mas também com polêmica com repórteres, por ele ser um dos cobradores de pênaltis. “Sou criticado por ter nascido na Argélia. Aos 35 anos eu jogo no Brasil e não no Catar. Eu deveria ser mais respeitado“, atirou.
Se com os jornalistas argelinos a relação é tensa, com a torcida do Coritiba Slimani vive uma lua de mel. Com três gols marcados nos últimos quatro jogos, e sendo decisivo nas vitórias sobre Athletico e Atlético-MG pelo Brasileirão, o argelino rapidamente se tornou fundamental no time de Thiago Kosloski. Daí a “operação resgate” montada pelo clube para que o camisa 9 voltasse rapidamente dos Emirados Árabes. O objetivo era o retorno breve, com o mínimo de desgaste e com o máximo de recuperação até o jogo com o Cuiabá.
Coritiba contra o tempo
O primeiro trecho do retorno de Slimani a Curitiba foi por terra. De Al-Ain, onde aconteceu o jogo Egito 1×1 Argélia, até Dubai, são 145 km de autoestrada nova e com pelo menos três faixas para cada pista. Chegando ao gigantesco aeroporto de Dubai, por onde passam mais de 70 milhões de pessoas por ano, há diversas companhias que voam para o Brasil. O voo comercial mais curto para São Paulo dura 14h55, sem escalas. Portanto, entre traslado, embarque, voo a SP e depois a Curitiba, o centroavante do Coritiba praticamente passará um dia todo em viagem.
Ao chegar em Curitiba, Slimani será avaliado pelos departamentos médico e físico do Coritiba. Será feita uma análise do quanto o atacante poderá aguentar em campo após essa longa viagem. Dificilmente o camisa 9 poderá atuar em toda a partida – ele foi titular da Argélia contra Cabo Verde e entrou no segundo tempo do confronto com o Egito. Mas a esperança alviverde é que, mesmo sem estar em campo nos 90 minutos, o centroavante volte a ser decisivo, mantendo vivas as possibilidades de salvação do Coxa do rebaixamento.
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Coritiba coloca em prática “projeto de resgate” de Slimani
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