O Coritiba entra neste domingo (29) com o secador ligado. América-MG, Mirassol, Sport e Avaí entram em campo, e o ideal para o Coxa seria que mineiros e catarinenses perdessem e que paulistas e pernambucanos, que se enfrentam, empatassem. Mas, além da secação, o cenário da disputa pelo acesso exigirá do Coritiba altíssimo aproveitamento. Por sinal, o rendimento em casa, apesar de numericamente bom, é uma questão séria para o Alviverde.

Até agora, o Coritiba conquistou 29 dos 45 pontos jogados no Couto Pereira – oito vitórias, cinco empates e duas derrotas. O aproveitamento é de 64,4%. Não são números desprezíveis, tanto que neste momento está entre os melhores rendimentos como mandante na Série B do Campeonato Brasileiro. O problema é que os times que estão à frente são exatamente os que disputam o acesso com o Coxa, e as diferenças de pontuação acabam sendo elucidativas para o momento alviverde na Segundona.

Novorizontino, Mirassol, América-MG, Ceará e Santos têm números iguais ou superiores ao Coritiba jogando em seus territórios. Assim como o time de melhor campanha em casa, o Vila Nova. E estes seis times estão à frente do Coxa na classificação da Série B. No caso do time goiano, no início da rodada a diferença era de oito pontos – desta forma, mesmo rendendo mais fora de casa que o rival, o Alviverde ficava para trás na tabela (cinco pontos atrás no início desta 29ª rodada).

Cobranças da torcida do Coritiba

Mesmo repetindo várias vezes que entende a reclamação da torcida do Coritiba, o técnico Jorginho fez um apelo por apoio irrestrito nas partidas que faltam nesta Série B. “São nove decisões, e precisamos estar todos juntos. Só com todos unidos vamos conseguir atingir o nosso objetivo. Ficou um pouco mais difícil, mas ainda temos condições de chegar lá”, afirmou o treinador alviverde após o empate em 0x0 com o Goiás na sexta-feira (27).

Jorginho lamentou os gritos de “time sem vergonha”, que foram ouvidos no Couto Pereira após a marcação do gol do Goiás – que seria anulado pela ação do VAR. “Eu sei que o torcedor está machucado e não aguenta mais esse sobe e desce. Mas os jogadores estão lutando, estão correndo, estão se dedicando. E quando ouvem uma frase como esta desanimam, porque isto não é verdade“, desabafou o técnico do Coritiba.

Torcida do Coritiba.
Jorginho não quer que a torcida grite “time sem vergonha”. Foto: Geraldo Bubniak/AGB