O Coritiba completa 114 anos nesta quinta-feira (12). E se a fundação do clube foi em 1909, o espírito alviverde é de “refundação” – termo que os dirigentes da associação usaram durante o processo de venda da SAF para a Treecorp. Com um aporte financeiro que vai permitir zerar as dívidas, construir um novo CT e remodelar o estádio Couto Pereira, o Coxa quer virar a chave da história e subir de patamar no futebol brasileiro.
A crise financeira praticamente irreversível do Coritiba veio aos poucos. Uma série de gestões, antagônicas entre si, foram gerando déficits e dívidas que se tornaram impagáveis. Era aquela regra do futebol, de que o gasto de um presidente virava ‘herança’ para o seguinte. Ano a ano, os débitos aumentaram, a Justiça passou a ser acionada e os problemas se acumulavam. Se em 1992 a penhora do passe de Pachequinho por dívidas com o IPTU parecia uma situação folclórica, em 2022 os credores se acumulavam.
A lista chegou a 424, em documento enviado pelo Coritiba à Justiça em janeiro deste ano. Por isso, a recuperação judicial e a venda da SAF se tornaram o meio do Coxa poder retomar seu caminho – e, mais que isso, ter a oportunidade de voltar a crescer. A negociação com a Treecorp tem esta premissa: fazer o clube subir de patamar técnico, administrativo e financeiro. Isto para, ao final de dez anos, o Alviverde ser uma empresa que dê lucro e possa se autogerir.
Coritiba, o hoje e o amanhã
A Treecorp, como explicado, recebeu um clube endividado, mas que já tinha resolvido juridicamente seus débitos, permitindo a recuperação do Coritiba. A ponto de poder negociar a SAF sem a obrigatoriedade de transferir as dívidas para a compradora. Mesmo assim, o contrato assinado em junho continha a quitação total do passivo como um dos destinos do aporte de R$ 1,3 bilhão nos próximos anos. “Temos um cronograma estruturado para transformar o clube, elevar o patamar desportivo do Coritiba nos próximos anos”, disse o CEO alviverde Carlos Amodeo.
Esta promessa é mantida mesmo com as dificuldades de 2023 e o risco alto de rebaixamento para a segunda divisão. Quem comanda o Coritiba hoje sabe que qualquer êxito comercial passa pelo sucesso em campo. E este mesmo sucesso em campo é o que a torcida alviverde espera, para quem momentos como o título brasileiro de 1985 possam ser revividos nos próximos anos e escrevendo páginas douradas no amanhã do Coxa.
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Coritiba completa 114 anos buscando a “refundação”
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