Por Guilherme Coimbra e Pedro Melo

Geninho assumiu o Atlético na 11ª rodada e conduziu ao título (Divulgação/Site Oficial Geninho)

Quando tudo indicava uma campanha abaixo da média, com quatro jogos sem vencer e uma queda brusca na tabela, o técnico Geninho foi chamado para colocar ordem na casa. O treinador assumiu o comando do Atlético na 11ª rodada, com vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, no dia 16 de setembro de 2001, e emplacou uma sequência de 12 jogos invicto, culminando na vaga para as quartas de final e, na sequência, com o título inédito do Campeonato Brasileiro, três meses depois.

Quinze anos após a conquista, o treinador Rubro-Negro relembra com carinho do título que marcou a história do Atlético e também dos envolvidos. “Toda vez que vai chegando a véspera do Natal, não tem como esquecer. Isso fica marcado para o resto da vida. No meu caso, me traz uma alegria muito grande. Me trouxe um elo que vai para toda a vida para o Atlético e para o profissional Geninho. Esse título tem que se comemorar sempre, pois não é toda hora que se é campeão brasileiro”, afirmou.

O técnico Geninho assumiu o Furacão na 11ª rodada do Brasileirão, quando o clube vinha de quatro jogos seguidos sem vitória. Logo que chegou ao comando da equipe, o Atlético emplacou uma sequência de 12 jogos invicto e terminou a primeira fase na segunda colocação.

“É um grupo que estava sendo muito cobrado na minha chegada e resolveu dar uma resposta. E dentro de campo essa resposta foi fabulosa. Para que atingisse esse resultado, é claro que algumas coisas tiveram que acontecer. A união de grupo era muito grande, o respeito dos profissionais, todo mundo começou a comungar da mesma coisa, todos acreditaram que de repente poderia conseguir uma coisa grande e era um grupo que se gostava. Estavam sempre juntos, não só os jogadores, como diretoria, funcionário de qualquer escalão. A união era muito forte dentro do Atlético que acabou culminando com aquele título”, recordou o treinador.

De um time desacreditado do início, o Atlético aos poucos foi se consolidando e mostrando que tinha potencial para buscar o título brasileiro. “O feeling de que nós poderíamos ser campeões aconteceu quando nós ganhamos o primeiro jogo do mata-mata, contra o São Paulo. Ali, quando ganhamos de um time que era uma das grandes forças com Kaká e com um elenco fabuloso, o grupo começou a acreditar e eu particularmente comecei a ter a certeza de que aquele time poderia ser campeão brasileiro”, revelou Geninho.

Um dos fatos que marcou o título brasileiro do Furacão em 2001 foi a preleção do treinador antes da final, contra o São Caetano, no Anacleto Campanella. Geninho distribuiu faixas de campeão para os jogadores no vestiário e pediu para que não deixassem o adversário tirá-la do peito deles.

“Vínhamos fazendo trabalho de motivação muito grande. Estávamos construindo um vídeo englobando todo o nosso trabalho desde a fase de classificação até o mata-mata, bem elaborado com o departamento de marketing e de futebol. Tinha que acontecer alguma coisa diferente num jogo daquele, pois valia o título brasileiro. Nós vínhamos com uma vantagem e aquele grupo não poderia entrar frouxo, achando que já tinha ganho. Tinha que jogar uma responsabilidade para cima dos jogadores”, contou. “Mandei confeccionar as faixas, aquilo foi entregue no vestiário depois da preleção normal. Entreguei uma para cada um e disse que, para mim, independente do que acontecesse, eles já eram campeões. Parece que isso mexeu com o pessoal e teve o efeito desejado. Graças a Deus o grupo não deixou que o adversário tirasse a faixa de campeão do peito de ninguém”, finalizou.

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Ícone da conquista de 2001, técnico Geninho relembra preleção antes da final: “Teve o efeito desejado”

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