Pela primeira vez, o técnico Martin Varini falou sobre sua demissão do Athletico, que aconteceu na noite de segunda-feira (23). O treinador uruguaio revelou que foi pego de surpresa com a decisão do Furacão, principalmente por até um dia antes, já projetarem até o planejamento de 2025.
“Foi uma surpresa, pelo menos, pelo que me transmitiam. Estávamos até falando um dia antes sobre o futuro, sobre o projeto do Athletico, pensando também no ano que vem. Então, a gente estava pensando não só no agora, mas no futuro. Por isso, a surpresa. Para os jogadores também, ficaram meio assim, não entenderam. Mas são decisões, e eu respeito”, afirmou ele, em entrevista o canal Trétis.
Internamente, um dos motivos que levaram à demissão de Varini foi o baixo rendimento no Brasileirão. Sob o comando do técnico, o Furacão somou apenas uma vitória em nove partidas, e ainda como visitante, sem somar os três pontos na Ligga Arena.
“Eu não via tanta mudança no rendimento (entre Brasileiro e Copas). Jogo contra o Inter, foi um baita jogo. Contra o Juventude, nosso melhor jogo, só caímos depois do gol deles. Mas é muito difícil se manter em três competições com alto nível. Tentamos fazer de tudo, poupar, jogar com um só time, poupar metade. Mas aconteceram coisas. Como treinador, não sei analisar resultados, mas sim rendimentos. Mas ainda faltam 14 jogos, e vai conseguir o que necessita (para não cair)”, destacoou ele.
Afastamento de Nikão no Athletico
Questionado sobre o fato de ter afastado o meia Nikão, Varini explicou que tomou a decisão pensando no ambiente dos jogadores no dia a dia e não se arrependeu do que fez, embora isso também tenha pesado para sua demissão.
“Por mais que agora eu não esteja mais no clube, minha ética e forma de liderança se manteve. E eu acredito que o treinador tem que falar com as pessoas que tem que falar, na hora que tem que falar. E como são questões com jogadores, e eu já fui jogador, eu tenho muita empatia. Então, não tenho muito mais a falar. A decisão que tomei foi pensando no grupo, no melhor para o dia o dia, para a energia que a gente tinha. E acredito que sido a melhor decisão”, explicou, garantindo não ter nenhum problema com o camisa 11 do Rubro-Negro.
“Respeito muito o Nikão, ainda mais pela história dele com o clube. Nunca foi uma coisa pessoal, eu não tenho nada contra ele. Desejo o melhor para ele”, completou.
