O técnico Martin Varini minimizou a eliminação do Athletico na Copa do Brasil. Apesar de insatisfeito com a queda, o treinador elogiou a postura do Furacão, que venceu por 2×1 no tempo normal, mas acabou sendo superado nos pênaltis.
Segundo ele, o Rubro-Negro vem mostrando evolução desde sua chegada, colocando em prática o trabalho do dia a dia, mas tem circunstancias do futebol que não se explicam.
“Há coisas dentro do futebol que são difíceis de controlar. Estamos trabalhando a questão grupal, cada detalhe. Quando cheguei, o panorama era um, mas agora é outro. Em dois meses geramos muita coisa positiva para estar brigando pela semifinal. Mas futebol tem isso“, analisou Varini, ao ser questionado sobre uma possível falta de ambição do time, que jogou mais da metade do confronto com um a mais em campo.
Defesa do Athletico volta a falhar
Um dos grandes problemas do Athletico em 2024 vem sendo a bola aérea defensiva. E contra o time carioca não foi diferente. O gol sofrido saiu justamente após um cruzamento, que Vegetti aproveitou e mandou para as redes, recolocando o Vasco na partida.
E a qualidade do camisa 9 vascaíno foi, para Varini, o diferencial, uma vez que o Furacão praticamente não foi ameaçado, mas que, num descuido em um cruzamento, acabou sofrendo as consequências.
“Em relação ao gol deles, lógico que tentamos diminuir a margem de erro, mas é difícil no futebol não permitir cruzamentos. E foi o que eles tiveram, um cruzamento. O time não sofreu contra-ataque, não permitiu chances de gols, mas eles têm o Vegetti, que trabalha muito bem na área e é difícil baixar o nível de margem para que o rival não faça nada. É futebol”, disse o técnico uruguaio
Saídas de Zapelli e Cuello
Ao longo de toda a partida, o Rubro-Negro abusou muito das jogadas em velocidade pela direita, principalmente com Cuello, que marcou o primeiro gol e deu o passe para o segundo, marcado por Zapelli, que também era o diferencial na construção das jogadas,
Porém, os dois foram substituídos na segunda etapa, dando lugares a João Cruz e Nikão. O camisa 11, inclusive, entrou já aos 44 minutos, dando indícios que entrou para bater um dos pênaltis, o que não aconteceu. Trocas que Varini tentou explicar.
“A primeira substituição foi com 25 minutos. Eles começaram a trocar e precisávamos de algo mais. O Zapelli estava bem, o Cuello também, mas pensei no Nikão, que tem a canhota para cruzar. E claro que o cansaço começa a pesar. O João Cruz entrou por ser muito bom na bola parada, o Zapelli já tinha cartão amarelo, mas não podemos focar que as substituições pesaram para não estarmos na semifinal”, completou.