O lateral-esquerdo Renan Lodi vai usar a estrutura do Athletico, com objetivo de se manter fisicamente. O jogador está de saída do Al-Hilal, da Arábia Saudita, e procura um novo time. Enquanto não fecha um novo acordo, a casa dele será o CT do Caju.
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Antes de anunciar a saída do clube saudita, Lodi viajou para Curitiba e postou uma foto com um familiar, no último sábado (13). A viagem inesperada aconteceu sem que o Al-Hilal soubesse, segundo a ESPN. Ele, inclusive, viajou em voo particular, para não ser barrado ou ter o passaporte confiscado. As malas foram arrumadas momentos antes do embarque, para não chamar a atenção e a notificação sobre a rescisão de contrato foi enviada pelos advogados do atleta quando ele já estava no Brasil.
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No Campeonato Saudita cada clube pode inscrever até dez jogadores nascidos fora do país, sendo apenas oito relacionados por partida. Com isso, Lodi foi um dos nomes que ficaram de fora dos planos do treinador italiano Simone Inzaghi. A saída dele passa muito pela contratação de Theo Hernández, lateral-esquerdo ex-Milan.
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A ligação do atleta com o Furacão não é de agora. Revelado pelo Rubro-Negro, Lodi sempre se declarou atleticano. Em outras oportunidades já tinha utilizado o CT do Caju para treinar e em julho chegou a ir à Arena acompanhar a derrota do Athletico por 1×0 para o Goiás, ao lado do presidente Mario Celso Petraglia.
Ex-Athletico alega falta de direito de exercer a função
Em comunicado divulgado nas redes sociais, Renan Lodi afirmou que foi comunicado que não seria inscrito na Liga Saudita e, com isso, ficaria à disposição apenas pela Champions Asiática, podendo entrar em campo somente, no máximo, seis vezes até o final de 2025.
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Diante disso, ele buscou um acordo com a diretoria para ficar à disposição na competição nacional e, diante da falta de respostas, resolveu ir embora por conta própria. Um dos motivos que o levaram a tentar uma nova equipe é estar em evidência para jogar a Copa do Mundo de 2026.
Agora, o lateral se baseia no artigo 15 do Regulamento sobre o Estatuto de Transferências de Jogadores da Fifa, que diz que um jogador pode romper vínculo se não participar de 10% dos jogos do clube na temporada. A expectativa é que até novembro haja uma definição do caso.
Leia a nota publicada por Renan Lodi:
“No início de 2024, cheguei ao maior clube da Ásia para 3 anos e meio de contrato. Sempre tive muito orgulho de defender o Al-Hilal. Lutei pelos objetivos do clube, me dediquei ao máximo e defendi a força do futebol saudita. Em pouco tempo, conquistei quatro troféus, mas sempre quis mais. Trabalhei muito para ajudar a colocar o Al-Hilal no topo, onde merece estar.
Iniciei a temporada 25/26 motivado a trazer mais taças para o clube, sem me importar em disputar posição entre os titulares. Mas após a pré-temporada na Alemanha, fui surpreendido com a notícia de que não poderia jogar pela Liga Saudita. Teria somente a chance de atuar em pouquíssimos jogos, pela Champions Asiática.
Essa situação me fez refletir sobre o meu futuro. Ainda tenho muitos sonhos no futebol e não teria minutos suficientes nesta temporada. Durante as últimas semanas, tentei reverter essa decisão junto ao clube, para estar à disposição em todos os jogos do Al-Hilal. Mas nunca tive uma resposta sobre como essa situação poderia ser resolvida amigavelmente.
Com isso, busquei assessoria jurídica e fui informado de que não posso ser privado de exercer a minha profissão. Tomei a decisão de buscar os meus direitos, como qualquer trabalhador que é impedido de exercer o seu trabalho. Espero ansiosamente que os órgãos responsáveis julguem o meu caso o mais rápido possível para que eu possa voltar a fazer o que eu amo sem nenhuma restrição.
Agradeço imensamente por todo o carinho dos torcedores nestes 20 meses. Vocês são o combustível que move o Al-Hilal todos os dias. Agradeço também aos profissionais do clube que me auxiliaram em todo esse período, em especial os fisioterapeutas, massagistas e demais jogadores, com quem construí uma grande amizade.”
