Esta terça-feira (6) é mais um dia de luto para o futebol paranaense, em especial para o Athletico. Morreu aos 83 anos o ex-jogador e treinador Sérgio Lopes, o Fita Métrica. Ele fez história no Furacão, no Grêmio e no São Paulo, onde iniciou a carreira aos 16 anos, em 1957. No Rubro-Negro, fez parte de momentos históricos do clube nos anos 1970. Sérgio Lopes morava em Florianópolis desde a aposentadoria como técnico.
Sérgio Lopes teve um grande professor. Quando iniciou no São Paulo, brilhava por lá Zizinho. O Mestre Ziza certamente foi uma influência para o jogador que alternou períodos como armador e ponta de lança, mas que ficou marcado pelos passes precisos. Sérgio era tão refinado nos toques que ganhou o apelido de Fita Métrica. Assim também se destacou em um Grêmio que empilhou troféus nos anos 1960.
A trajetória no Athletico foi de quatro anos, entre 1970 e 1973. Fez dupla no meio-campo com Valtinho e depois com Didi. Sérgio Lopes era uma das feras daquele time com Alfredo, Sicupira e Nilson Borges. Seu talento nos passes foi decisivo em um dos momentos mais lembrados da história do Furacão – a arrancada heróica de 1972, quando o time chegou a 15 jogos de invencibilidade e conquistou um improvável primeiro turno do Campeonato Paranaense.
Athletico de volta
Após parar de atuar, Sérgio Lopes passou a ser treinador, trabalhando em vários times na região Sul. E em 1989, em um momento difícil do Athletico, ele foi contratado para comandar a equipe que tinha sido campeã estadual no ano anterior – e viria a ser no seguinte. Nos últimos dias, ele esteve internado em um hospital de Florianópolis (cidade em que escolheu morar depois de ter sido ídolo do Figueirense como jogador e do Avaí como técnico), tratando de um câncer e das consequências do Mal de Alzheimer.