Ao final do jogo entre Atlético e Paraná, o técnico Leandro Niehues comemorou mais uma vitória que confirma a boa fase da equipe. “O que eu trabalhei na cabeça dos atletas é que esse jogo era como uma semi-final. E em uma semi-final você nem sempre ganha da maneira que gostaria. Penso que começamos bem o jogo, podíamos ter aberto o placar e isso mudaria a postura do Paraná”, disse. Para o treinador, o Tricolor entrou em campo com uma proposta defensiva e de buscar o gol através de contra-ataques. “Tínhamos que vencer esse jogo. A pressão é toda nossa, vem de dentro do grupo, que quer muito esse título”, completou.
Leandro fez questão de explicar as substituições feitas durante a partida. Bruno Mineiro machucou o tornozelo quando o jogo estava 0 x 0 e deu lugar a Serna. “Eu tinha só um atacante de área no banco, e por isso o Serna entrou. Fizemos o gol e o Paraná se soltou mais. O Paulo tava jogando bem, mas precisava de alguém no meio pra ele não precisar voltar tanto. Por isso pensei que ele podia fazer o segunto atacante e coloquei o Netinho”, explicou. Depois, quando o Paraná pressionava, o técnico optou por colocar o zagueiro Bruno Costa, para conter as subidas do adversário.
A atuação do atacante Serna causou polêmica. Ele entrou na partida no intervalo e foi substituído aos 25 minutos do segundo tempo. Nesse tempo, pouco ajudou a equipe e recebia vaias da torcida. Leandro explicou porque optou por tirar o jogador que tinha acabado de entrar. “Da maneira que se desenhou o jogo, eu precisava adiantar o Paulo e tirar alguém. O Serna tá sem ritmo, fez duas boas jogadas, mas não conseguia prender a bola. Eu tive que escolher entre preservar ele ou preservar o grupo. Já conversei com ele, é um bom profissional, tá se dedicando e esperando uma oportunidade. Claro que ele tá chateado, eu fico também, mas precisávamos de um sacrifício e hoje foi ele”, afirmou.
Questionado sobre a opção por Alan Bahia no início do jogo ao invés de Netinho, Leandro afirmou que escalou o time depois de analisar os jogadores adversários: “Eu vi o João Paulo como um bom jogador pela direita. E a ideia era que ele trombasse com o Valencia por aquele setor. E no fim, deu certo, tanto que o jogador acabou mudando de posição. Por isso optei pelo Alan, e eu não proibi ele de atacar. Aliás, todos têm liberdade para vir detrás. O Alan gosta de jogar como segundo volante, então ele marcou e atacou e fez muito bem seu papel”.
No jogo de hoje, pelo menos 6 jogadores eram pratas-da-casa do Furacão (Neto, Manoel, Rhodolfo, Chico, Raul e Alan Bahia). Dos que entraram depois, Bruno Costa também veio da base atleticana. Leandro Niehues disse que cobra do grupo, mas que não se pode esquecer que são muitos jogadores novos, formados em casa, mas que já tem muita bagagem. “Eles tem essa virtude de viver cada momento. É só fazer eles lembrarem do sacrifício que foi ganhar o jogo hoje, e eles vão valorizar isso e não vão querer tropeçar contra o Operário e Paranavaí”, finalizou.