Foram horas que valeram por anos. Quem acompanhou a homenagem da secretaria de Estado do Esporte a Barcímio Sicupira, o maior jogador da história do Athletico, viveu uma emocionante viagem no tempo. Ex-jogadores, treinadores e profissionais do futebol lotaram o auditório (muita gente ficou de pé) e quem esteve lá ouviu depoimentos de personagens que fizeram o futebol paranaense sair do anonimato e brilhar país afora.

A lista de presentes tinha, além de grande parte da família de Sicupira, mais dezenas de profissionais que escreveram a história do Athletico. Liderados por Alfredo Gottardi Júnior, filho de Caju e zagueiro rubro-negro nos anos 1960 e 1970, tantos outros campeões estavam lá. Nivaldo Carneiro, Flávio Mendes, Alex Lopes, Ivair, Sérgio Moura, entre outros, marcaram presença. Os ídolos de Coritiba e Paraná Clube também: Capitão Hidalgo, Ednelson, Castro, Caxias… E vai faltar gente.

Dava para montar várias comissões técnicas: Levir Culpi, Adílson Batista, Cleocir Santos, Almir Domingues, Luiz Fernando Cordeiro, Odivonsir Frega, o hoje desembargador Antônio Loyola, Carlinhos Neves, Sérgio Ramírez, Luiz Roberto Matter, Robson Gomes, Rodolfo Mehl, Cassius Hartmann, Zequinha… Nomes que brilharam no Athletico, no Coritiba e no Paraná.

Mais gente ilustre

Além de Hidalgo e Nivaldo, hoje comentaristas, outros tantos radialistas e jornalistas estiveram na homenagem a Sicupira. José Domingos, Josias Lacour, Walter Xavier, Valmir Gomes, Adriano Rattmann, Simone Bello, Marcelo Ribeiro, Pedro Gregoski, Mário Celso Cunha, Sandro Moser e Robson De Lazzari, capitaneados por Osmar Antônio, apresentador do Esporte Banda B e que foi o mediador do debate. No palco, Alfredo, Zequinha, Nivaldo e Hidalgo. Na plateia, muita emoção.

Que começou com as filhas do Craque da 8. Mariana, em nome da viúva de Sicupira, dona Lenita, e de todos os familiares, foi às lágrimas com o evento. “Eu nem consigo falar sem chorar”, disse, sob aplausos. O secretário de Esporte, Hélio Wirbiski, que foi jogador do Athletico, disse que o acervo do comentarista da Banda B por 24 anos será um dos mais importantes do Memorial do Esporte, que será inaugurado nos próximos meses, junto com a remodelação do ginásio do Tarumã. “Para a secretaria e para o governo do Paraná, é uma honra receber este acervo”, afirmou.

Do Athletico para a eternidade

Alfredo, Zequinha e Hidalgo lembraram dos tempos de Sicupira com a camisa do Athletico. Nivaldo lamentou não ter jogando com o Craque da 8 no Furacão. Ramírez contou como teve apoio para se tornar um curitibano honorário. Walter Xavier falou sobre a dimensão humana do craque dos gramados. Odivonsir Frega disse dever a carreira a Sicupa. Zé Domingos recordou o início no Ferroviário, ao lado do pai, seu Barcímio. Adílson confessou que levou puxões de orelha por brigar com a imprensa. Mário Celso recordou a primeira conversa. E Levir falou da fama de bom pescador.

Mas o momento mais emocionante veio com o desembargador Antônio Loyola, do Tribunal de Justiça do Paraná. Ele relatou que cerca de 15 dias antes do falecimento de Sicupira, ele e o deputado estadual Alexandre Curi avisaram ao Craque da 8 que ele receberia o título de Cidadão Benemérito do Paraná. O diploma será entregue a dona Lenita ainda este ano. A última comenda a um gênio da bola, dos microfones e da dignidade. “E maior goleador da história do Athletico. Que nunca vai ser superado”, finalizou Capitão Hidalgo.

Barcímio Sicupira, o maior jogador da história do Athletico.
Sicupira na homenagem feita pelo Athletico em 2019. Foto: José Tramontin/CAP

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Athletico: na homenagem a Sicupira, uma viagem no tempo

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