Em queda no Brasileirão, o Athletico vai se afastando do G6 e, consequentemente, vendo o sonho de disputar a Libertadores no ano do centenário acabando. E um dos grandes problemas nesse aproveitamento recente é a defesa, que há dois meses não sabe o que é terminar uma partida sem sofrer gols.

A última vez que isso aconteceu foi no dia 13 de setembro, quando derrotou o Flamengo por 3×0, em Cariacica. De lá pra cá, disputou 11 jogos, sendo vazado em todas as vezes, num total de 13 bolas nas redes. E os resultados são reflexo de um time vulnerável lá atrás.

Nestas dez rodadas, foram apenas três vitórias, cinco empates e três derrotas. Ou seja, de 33 pontos disputados, somou apenas 14, menos da metade, enquanto os concorrentes diretos conseguiram boas arrancadas. O Atlético-MG, por exemplo, no mesmo período somou 23 poontos (sete vitórias, dois empates e duas derrotas), enquanto o Flamengo tem 18 pontos (cinco vitórias, três empates e duas derrotas), com um jogo a menos, que foi adiado. Isso só considerando o G6.

Defesa vem sendo problema do Athletico antes disso

O setor defensivo vem sendo um problema do Athletico antes dessa sequência. Até o confronto com o Flamengo, o time tinha levado gols em seis dos sete jogos anteriores pelo Brasileirão. No total, das 34 rodadas, o Furacão só não foi vazado em oito.

Até por isso, o Rubro-Negro tem, ao lado do Corinthians, a nona pior defesa do Brasileirão, com 39 gols sofridos. Entre os postulantes a uma vaga na Libertadores, só não sofreu mais que o Grêmio, que já tomou 50 gols na competição.

Um problema que vem se repetindo ao longo de toda a temporada. Em 65 jogos, o Athletico já levou 64 gols, o que acabou custando caro nas eliminações na Libertadores e na Copa do Brasil por exemplo. Quando foi sólido defensivamente, conquistou resultados, como o título do Paranaense, embora a competição tenha um nível técnico muito inferior.

Defesa do Athletico lamenta gol sofrido
Jogadores com cara de poucos amigos após levar um gol. Essa cena vem sendo comum no Furacão em 2023. Foto: Geraldo Bubniak/AGB