Falta menos de uma semana para o fechamento definitivo do mercado da bola no Athletico e no futebol brasileiro em 2023. Os clubes da Série A têm até o dia 15 de setembro para substituir jogadores da lista de inscritos. Não é possível aumentar o número de atletas – para entrar um, é preciso sair um. E o Furacão, mesmo que a sensação seja a de que ninguém mais será contratado, sempre está atento às chamadas “oportunidades de negócio”.

O Athletico contratou 11 jogadores para esta temporada. O número se justifica com os resultados de 2022, com boas participações no Brasileirão, na Copa do Brasil e especialmente na Copa Libertadores. No início do ano, apenas dois atletas chegaram. Foi com o passar do ano e as necessidades que se apresentaram que o Furacão entrou para valer no mercado da bola. E foi comprando e também vendendo, como no caso da saída de Khellven. A Banda B faz um balanço das contratações rubro-negras. Confira!

Quem deu certo no Athletico

O melhor rendimento entre todos os contratados do Athletico foi de Fernando. Ele veio da Chapecoense e começou na reserva. Quando Pedrinho foi afastado por conta da investigação sobre o esquema de manipulação de jogos, o lateral-esquerdo ganhou a oportunidade de ser titular. E viveu uma sequência de grandes atuações, justificando o investimento rubro-negro. Mas uma lesão grave no joelho o tirou do resto da temporada.

Apesar de poucos jogos, o zagueiro Cacá e o meia Bruno Zapelli também agradaram a torcida do Athletico até agora. Mais rápido e seguro que os outros zagueiros rubro-negros, Cacá chegou do Tokushima Vortus, do Japão, e ganhou a posição ao lado de Thiago Heleno. E Zapelli, a segunda maior contratação da história do Furacão, já demonstrou a sua capacidade mesmo não tendo atuado muito. Deve virar titular a partir do jogo com o Flamengo, quarta-feira (13), em Cariacica.

Quem ainda está devendo

Contratado do Flamengo após uma briga com Jorge Sampaoli, o chileno Arturo Vidal veio com status de titular. E realmente não saiu mais do time. Mas até agora não conseguiu jogar o esperado, em especial porque está atuando numa posição em que nunca atuou na carreira. De costas para o gol, como um segundo atacante, Vidal chega a ser o jogador mais avançado do Athletico, à frente até mesmo de Vitor Roque.

Um dos primeiros a chegar no Athletico para esta temporada, o lateral-direito Madson alterna boas e más atuações. Disputou a posição de titular por todo o ano, mas não se firmou. Com a saída de Khellven, virou titular absoluto, mas sem parar com a irregularidade. Lucas Esquivel também pouco atuou na sua função, de lateral-esquerdo. Atuando como terceiro zagueiro, ele vem tendo muitas dificuldades. E Kaique Rocha também fez poucas partidas, mas ficou marcado pelo erro grave na derrota para o Bolívar em La Paz.

Quem decepcionou

Outro personagem que jogou a partida de ida das oitavas de final da Libertadores foi o atacante Thiago Andrade. Escalado por “chegar a 30 km/h”, como explicou Wesley Carvalho, o jogador teve uma péssima atuação, selando uma temporada de más partidas, com raras exceções. Willian Bigode, enrolado com questões judiciais, brilhou em duas partidas (uma delas o Atletiba), mas sofre com lesões e ficou para trás na disputa até para ficar no banco de reservas. E o chileno Arriagada, apesar de ser muito pedido pela torcida, não mostrou futebol para ser titular do Athletico.

Quem não jogou

Recém-contratado, o lateral-direito Bruno Peres não teve ainda a chance de estrear. Ele veio a custo zero e com vínculo até o final do ano para suprir a ausência de Khellven. Experiente, é um dos poucos ‘rodados’ que o Athletico trouxe nesta temporada.

Fernando, lateral do Athletico.
Destaque entre os contratados, Fernando sofreu uma lesão que o tirou da temporada. Foto: Divulgação/CAP