A uma semana do final da janela brasileira de transferências, o Athletico segue no mercado da bola. Priorizando mais uma vez a Copa Libertadores, o Furacão busca jogadores que venham para ser titulares, mas sempre dentro do planejamento financeiro do clube. Tanto que os ‘ataques’ para as contratações seguiram o modelo já conhecido há pelo menos 25 anos. Só houve uma exceção, justamente a negociação mais surpreendente da temporada.
A chegada de Arturo Vidal foi o que se chama de ‘ataque de oportunidade’. Descontente com o Flamengo e com o técnico Jorge Sampaoli, o volante queria deixar o clube carioca. Já o Athletico buscava mais um jogador experiente para dar cancha ao time na sequência da Libertadores. As vontades se encontraram, o chileno reduziu drasticamente sua pedida salarial (aproximadamente 75% a menos do que recebia no Fla) e acertou. O plano dele era jogar mais, e no Furacão ele vai ter essa possibilidade.
Quem mais chegou ao Athletico
Em 1998, o Athletico foi buscar no Botafogo de Ribeirão Preto três jovens jogadores – Gustavo, Cocito e Lucas. Eram, na nomenclatura do então dirigente Antônio Carletto (até hoje no Furacão), os “semiprontos“. De lá para cá, o clube foi aperfeiçoando seu modelo de negociação, que se aplica diretamente nas vindas dos argentinos Lucas Esquivel e Bruno Zapelli. Ambos com 21 anos e alto potencial de retorno técnico e financeiro. Neste estilo, Vitor Roque é o maior exemplo – custou 24 milhões de reais e pode fazer o Rubro-Negro faturar até R$ 300 mi.
A situação do zagueiro Cacá é um pouco diferente. Aos 24 anos, ele é um sonho antigo do Athletico, que tentou pelo menos duas vezes contratá-lo sem sucesso. Diferente dos argentinos, ele vem por empréstimo até a metade do ano que vem. Mas como o contrato com o Tokushima Vortus vai até o início de 2025, ao fim do contrato com o Furacão ele estará prestes a ficar livre para assinar um pé-acerto. Se Cacá for bem, o Rubro-Negro pode negociar a permanência deve em condições bem mais favoráveis. E o clube está de olho em mais um atacante e em outro zagueiro.
Quem deixou o Furacão
A saída mais sentida do Athletico foi a de David Terans. Ele deu retorno em campo e nos cofres rubro-negros, mas a torcida lamentou a saída de seu camisa 10 – número que será assumido por Bruno Zapelli. Terans estreou no dia 16 pelo Pachuca, como substituto no empate em 1×1 com o Pumas. Outro jogador importante deste período recente do Furacão que deixa o clube é Léo Cittadini, que está se acertando com o Bahia. Sem espaço no elenco, Julimar foi para o Mirassol, Guiherme Bissoli para o Ceará e Reinaldo para o Santa Clara, de Portugal. E Matheus Babi foi novamente emprestado, desta vez para o Goiás.