O empate com o Cruzeiro foi eletrizante e até fez a torcida do Athletico deixar a Ligga Arena, no último domingo (29), satisfeita. Afinal, o placar de 3×3 teve todas as nuances, com o Furacão buscando um 2×0 contra e marcando o seu terceiro gol já depois dos 40 do segundo tempo. Só que evidenciou vários problemas.
O principal deles é que depende muito dos seus titulares. Visando a Libertadores, o técnico interino Wesley Carvalho mandou a campo um Rubro-Negro misto. Eram seis titulares que iniciaram o confronto: o goleiro Bento, o zagueiro Thiago Heleno, o lateral-esquerdo Esquivel, o meia Vitor Bueno e os atacantes Canobbio e Vitor Roque. Só que o time só melhorou quando Fernandinho e Erick entraram, no intervalo.
Com os dois volantes – e oito titulares (apenas Khellven, Zé Ivaldo e Christian de fora) o meio-campo corrigiu seu posicionamento e passou a pressionar mais, fazendo a bola chegar até o ataque, o que melhorou o rendimento da equipe como um todo. Principalmente por ter corrigido algo que o técnico Wesley Carvalho tanto queria, que era a ligação direta.
“O Cruzeiro é uma equipe muito forte fora de casa. O gatilho de pressão deles funcionou muito bem. Eu tentei explorar a profundidade, mas não conseguimos fazer isso, por isso não saímos bem no primeiro tempo“, analisou o treinador após a partida.
Athletico não se abate e mostra luta até o fim
Por outro lado, novamente o Athletico se mostrou aguerrido e que não se entrega. Sob o comando de Wesley Carvalho já é a segunda vez que o time se recupera após estar perdendo por 2×0. A outra vez havia sido contra o Palmeiras. Curiosamente, os dois jogos na Ligga Arena. Sem falar as diversas viradas alcançadas na “era Paulo Turra”.
Ou seja, com força máxima, o Furacão tem totais condições de brigar com qualquer adversário que enfrente, mesmo quando sai atrás no placar. Um elenco repleto de jovens apostas, mas mesclado com experientes, que dão essa mistura de fôlego para correr, mas sem se afobar na busca pelo gol.
O grande ponto é que, diante de um calendário extenso, e com várias partidas decisivas a partir de agora, fica difícil repetir a mesma formação em todos os confrontos. Por isso, é preciso trabalhar mais o grupo atual, para ganhar opções que não façam a equipe ser tão diferente tecnicamente sem algumas peças.