Os tropeços seguidos, aliados às eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores, além de não entrar no G6 do Brasileirão, colocam uma pressão – pelo menos externa – no técnico do Athletico, Wesley Carvalho, apesar de terem diminuído após a vitória sobre o Flamengo. Porém, independentemente de uma troca ou não no comando, o Furacão já sabe: mais uma vez não terminará a temporada com o mesmo técnico que a iniciou. Fato que vem se tornando rotineiro no clube.

No século, nenhum treinador conseguiu tal feito, de acordo com dados do Espião Estatístico, do ge.globo. Quem esteve mais perto disso foi Tiago Nunes, o último a virar um ano no cargo. Ele assumiu de forma interina no segundo semestre de 2018 e foi efetivado para 2019, quando foi campeão da Copa do Brasil. Iria terminar a temporada se não tivesse aceitado uma proposta do Corinthians para 2020, o que fez a diretoria desligá-lo faltando oito rodadas para o término do Brasileirão.

Uma alta rotatividade que passa por diversos nomes, alguns com idas e vindas, como Paulo Autuori, Antônio Lopes, Geninho e Vadão. Outros, apostas, como Fabiano Soares, Doriva, Miguel Ángel Portugal e Juan Ramon Carrasco, além dos interinos e comandantes do sub-23 na disputa do Campeonato Paranaense.

57 técnicos diferentes em 23 anos

De 2001 para cá, o Athletico teve 57 nomes diferentes à beira do gramado. O primeiro da lista é Paulo César Carpegiani, que iniciou a temporada 2001 e ainda retornou para uma rápida passagem em 2010. Até chegarmos ao atual treinador, Wesley Carvalho, o Furacão passou por 70 mudanças no comando, entre idas e vindas de diversos profissionais.

Os anos que tiveram menos trocas foram 2016, 2018 e 2023, até o momento, com apenas dois técnicos passando pelo cargo. Por outro lado, tiveram temporadas em que até cinco pessoas diferentes comandaram o Furacão, de forma efetiva ou interina.

Começando por 2005, quando Casemiro Mior, Edinho, Borba Filho, Antônio Lopes e Evaristo de Macedo estiveram na função. Em 2008 foram Ney Franco, Roberto Fernandes, Tico dos Santos, Mário Sérgio e Geninho. Em 2011, Sérgio Soares começou a temporada, que ainda teve Geninho, Adilson Batista, Renato Gaúcho e Antônio Lopes. Por fim, em 2015 as trocas foram com Claudinei Oliveira, Enderson Moreira, Milton Mendes, Sérgio Vieira e Cristóvão Borges.

Os recordistas do Athletico

Com duas passagens, Paulo Autuori é o técnico que mais comandou o Rubro-Negro no século. Foram, no total, 107 jogos, com 86 no primeiro período (entre 2016 e 2017) e 21 no segundo (entre 2020 e 2021). Neste segundo momento poderiam ser até mais partidas, mas ele chegou precisando cumprir três partidas de suspensão e nas duas últimas quem foi o comandante de fato foi António Oliveira.

Em segundo lugar aparece Tiago Nunes. Somando os duelos com a equipe de aspirantes e equipe principal, foram 104 jogos. Neste período, conquistou um Campeonato Paranaense (2018), a Copa Sul-Americana (2018), a Levain Cup (2019) e a Copa do Brasil (2019).

Já o terceiro é Vadão. Considerando apenas o século, ele teve 91 partidas à frente do Rubro-Negro (30 em 2003 e 61 entre 2006 e 2007). Mas se considerar toda a ‘Era Petraglia’, que teve início em 1995, ele acumula 164 jogos, tendo no currículo o título da Seletiva da Libertadores, em 1999, e do Paranaense, em 2000.

Por outro lado, alguns técnicos colecionam diversas idas e vindas pelo Athletico. Antônio Lopes é o principal deles, com quatro passagens, em 2005, 2007, 2009 e 2011. Sem contar a primeira delas, em 2000, que não entra na conta do século, e também quando ele foi diretor de futebol. Na sequência, com três acertos, estão Mário Sérgio (2001, 2003 e 2008) e Geninho (2001, 2008 e 2011)

Confira todos os treinadores do Athletico de 2001 para cá:

2001 – Paulo César Carpegiani, Flávio Lopes, Mário Sérgio e Geninho
2002 – Geninho, Riva (interino), Valdir Espinosa, Gilson Nunes e Abel Braga
2003 – Heriberto Cunha, Vadão e Mário Sérgio
2004 – Mário Sérgio, Júlio Piza (interino) e Levir Culpi
2005 – Casemiro Mior, Edinho, Borba Filho (interino), Antônio Lopes e Evaristo de Macedo
2006 – Matthäus, Givanildo Oliveira e Vadão
2007 – Vadão, Antônio Lopes e Ney Franco
2008 – Ney Franco, Roberto Fernandes, Tico dos Santos (interino), Mário Sérgio e Geninho
2009 – Geninho, Waldemar Lemos e Antônio Lopes
2010 – Antônio Lopes, Leandro Niehues, Paulo César Carpegiani e Sérgio Soares
2011 – Sérgio Soares, Geninho, Adilson Batista, Renato Gaúcho e Antônio Lopes
2012 – Juan Ramón Carrasco, Ricardo Drubscky, Jorginho Catinflas e Ricardo Drubscky
2013 – Ricardo Drubscky, Arthur Bernardes (aspirantes) e Vagner Mancini
2014 – Miguel Ángel Portugal, Petkovic (aspirantes), Leandro Ávila (interino), Doriva e Claudinei Oliveira
2015 – Claudinei Oliveira, Enderson Moreira, Milton Mendes, Sérgio Vieira (interino) e Cristóvão Borges
2016 – Cristóvão Borges e Paulo Autuori
2017 – Paulo Autuori, Eduardo Baptista e Fabiano Soares
2018 – Fernando Diniz e Tiago Nunes (aspirantes e interino no principal)
2019 – Tiago Nunes, Rafael Guanaes (aspirantes) e Eduardo Barros (interino)
2020 – Dorival Júnior, Eduardo Barros (interino), Paulo Autuori
2021 – António Oliveira, Bruno Lazaroni (aspirantes), Paulo Autuori, Alberto Valentim e James Freitas (interino)
2022 – James Freitas (aspirantes), Wesley Carvalho (aspirantes), Alberto Valentim, Fábio Carille e Felipão
2023 – Paulo Turra e Wesley Carvalho

Paulo César Carpegiani, Antônio Lopes, Paulo Autuori e Fabiano Soares, técnicos do Athletico
Carpegiani foi o primeiro técnico do século; Antônio Lopes o que mais teve passagens; Autuori o com mais jogos; Fabiano Soares uma das várias apostas da diretoria. Fotos: Divulgação/Athletico

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Athletico já teve mais de 50 técnicos diferentes no século; relembre os nomes

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