O Athletico terá o compromisso mais importante de sua temporada nesta terça-feira (8), na Ligga Arena. Contra o Bolívar, da Bolívia, o Furacão precisará contemplar elementos como pressão constante, erro zero e efetividade para reverter a desvantagem de 3×1 sofrida no jogo de ida e avançar às quartas de final da Libertadores. Missão difícil contra um time que vive boa fase recente, mas não impossível para quem, nos últimos anos, insiste em desafiar a lógica e escrever roteiros fantásticos em competições mata-mata.

Não é exagero dizer que desde a derrota em La Paz, na semana passada, o foco do clube está apenas nesta partida. Porém, no meio de tudo isso, tinha um compromisso contra o Santos pelo Brasileirão. Em uma Vila Belmiro vazia e diante de um rival muito pressionado, o Rubro-Negro optou por um time misto, controlou as ações, mas foi punido com a postura excessivamente defensiva e cedeu o empate em 1×1. Salvo a consideração pelo polêmico pênalti marcado para os paulistas, fato é que foi o próprio Athletico que se atrapalhou no jogo.

A cronologia do duelo disputado no litoral paulista, que desagradou a maioria dos atleticanos pelo empate com gosto de derrota, têm de ser aprendida. Mesmo que tenha o Brasileirão como um objetivo secundário em meio às decisões da Libertadores, o Furacão não pode deixar de aproveitar as chances claras de vencer os rivais e seguir subindo na tabela. Isso é reforçado pela tese de que o título (nem a vaga) estão garantido ao clube. Pelo contrário. O Rubro-Negro precisará lutar muito por isso. Até porque, quem começa o jogo com uma vantagem de dois gols no placar é o Bolívar.

Contra o Bolívar, Athletico não pode levar jogo em ‘banho-maria’

Além do resultado ruim, o roteiro também apresentou ao Athletico a necessidade de manter as atenções e a constância no jogo. O elenco tem atletas adeptos a um estilo de atuação que valoriza conceitos como marcação-pressão e velocidade constante. Tudo isso precisará estar em campo contra o Bolívar em uma Arena da Baixada lotada. E, mesmo que reverta a desvantagem antes dos 90 minutos, o Furacão não pode levar a partida em ‘banho-maria’, o que significa baixar as linhas exageradamente e correr riscos desnecessários. Isso foi fatal contra o Santos.

Ainda assim, a aventura no litoral paulista não foi uma completa decepção. Houve, no meio de tudo, notícias muito boas à torcida, como as atuações consistentes do zagueiro Cacá e do meia Bruno Zapelli, alguns dos reforços contratados para o restante do ano. Em meio às irregularidades vividas por seus companheiros de posição, podem ser opções interessantes.

Porém, independentemente dos onze titulares que serão escolhidos por Wesley Carvalho, o Athletico precisará ser adepto à política do “erro zero” e, com um campo e um estádio lotado a seu favor, garantir mais uma vaga histórica na Libertadores.

Zapelli foi uma boa notícia para o Furacão no empate com o Santos. Foto: José Tramontin/Athletico

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Athletico deve aprender lições para sobreviver na Libertadores

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